Livro #89: A Caminho do Verão

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A Caminho do Verão

Titulo: A Caminho do Verão
Autora: Sarah Dessem
Editora: ID
Páginas: 416
Ano: 2011
Sinopse: Auden resolve passar as férias de verão em Colby, uma minúscula cidade do litoral, com o pai, sua nova esposa e Thisbe, a filha do casal e sua mais nova irmãzinha. Lá, ela revê seus conceitos em relação à madrasta, encara um emprego de férias em uma boutique totalmente demais e conhece Eli, um garoto misterioso com o qual embarca em uma busca: experimentar uma adolescência sem preocupações que lhe foi negada enquanto ele procura se recuperar de um acontecimento trágico. Junte dois solitários, uma bicicleta, um estoque infindável de madrugadas com insônia, tortas e café e… tudo pode acontecer.


Auden é completamente focada nos estudos. No começo, tirar notas altas foi a forma que ele encontrou de chamar a atenção dos pais, que estavam muito concentrados no filho irresponsável que não parava em casa e nas próprias disputas de quem era mais sucedido, para prestar atenção na filha. Quando Auden percebeu que somente o contrario provocaria uma reação, ela já estava acostumada a ser a melhor. E sem pais.

“A vida é cheia de percalços. Você falha algumas vezes. É um requisito da existência humana.”

Ao receber um convite de sua madrasta para passar o ultimo verão antes da faculdade em Colby, numa pequena cidade litorânea, e para que conhecesse sua meia-irmã recém-nascida, Auden aceita querendo se ver um pouco livre de sua mãe e de seus alunos que vivem passeando por sua casa.
Mas viver com seu pai e Heidi não se mostra nenhum pouco mais fácil, não quando a pequena Thisbe, apelidada carinhosamente de Isby, não sabe fazer mais nada do que chorar e seu pai trancafia-se dia e noite no escritório escrevendo e deixando tudo para Heidi resolver.

“Porque você não quer que O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS seja apenas uma coisa para sempre. Você tem de ter um montão de ótimos momentos, cada um superando o outro.”

Na primeira noite que fica lá, Auden acaba aos amassos com Jason, arrependendo-se logo depois por agir que nem sua mãe. Principalmente quando descobre que ele é o ex-namorado ainda não superado de Maggie, uma vendedora que trabalha na loja de Heidi, e que Auden arruma um trabalho de verão como contadora.
E, sem perceber, Auden percebe que sabe mais das pessoas daquela cidade do que queria inicialmente. Todos os dramas e acontecimentos. E se vê envolvida neles mais do que gostaria, ouvir as brigas do seu pai com Heidi já são suficientes, quando começa a conversa com Eli, um cara que não conversava com ninguém desde um acidente. E que com Auden começa ate a sorrir!

“-Isto – eu disse – não é um restaurante.
-Eu não disse que era um restaurante – Eli falou.
- Você não disse que era uma lavanderia – retruquei.
-Verdade.”

Como ambos têm insônia, eles começam a se conhecer e sair depois da meia noite, sem se preocupar com o que os outros pensam sobre isso, compartilhando café e torta. São apenas eles. Não é um garoto que sofreu um acidente e se culpa por está vivo. Não é uma garota sem amigos e sem nenhuma experiência social que se culpa por não ter conseguido manter os pais juntos. São apenas eles e a noite.

“Este era um dos lances da noite. Coisas que seriam estranhas à luz brilhante do dia não ficavam tão estranhas assim que passava de certa hora. Era como se o escuro atenuasse tudo de alguma maneira.”

Os primeiros capítulos ate a participação de ativa de Eli não são grande coisa, a história estava boa, mas não cativava completamente, apenas após ele aparecer as coisas deram uma guinada e foram para frente.
O livro fala sobre família, amizade, perdão, recomeços – algo bem típico do verão, com toda essa historia de amor de verão que conhecemos tão bem – e, principalmente, sobre ser você mesmo sem ligar para a opinião dos outros. Que você não precisava ser uma cosia ou outra, mas ser apenas você, como quiser e desejar sem se preocupar se combina ou não.

“É algo terrível quando alguém deixa você, pavoroso. Você pode seguir em frente e fazer o melhor possível, mas, como Eli tinha dito, o fim é um fim. Não importa quantas páginas de sentenças e parágrafos de histórias maravilhosas tenham levado até ele: sempre haverá uma última palavra.”

Para mim, O Caminho do Verão foi o caminho que Auden tomou, errando e acertando, enquanto tinha medo e não sabia o que fazer justamente pelo medo de não saber aquele caminho era o certo, rumo ao amadurecimento e ao seu verdadeiro eu.

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