Livro #202: O reino de Zália

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O primeiro livro de fantasia de Luly Trigo, uma princesa se vê obrigada a assumir o governo do país em meio a revoltas populares, intrigas políticas, conflitos familiares e romances arrebatadores. Por ser a segunda filha, a princesa Zália sempre esteve afastada dos conflitos da monarquia de Galdino, um arquipélago tropical. Desde pequena ela estuda em um colégio interno, onde conheceu seus três melhores amigos, e sonha em seguir sua paixão pela fotografia. Tudo muda quando Victor, o príncipe herdeiro, sofre um atentado. Zália retorna ao palácio e, antes que possa superar a perda do irmão, precisa assumir o posto de regente e dar continuidade ao governo do pai. Porém, quanto mais se aproxima do povo, mais ela começa a questionar as decisões do rei e a dar ouvidos à Resistência, um grupo que lidera revoltas por todo o país. Para complicar a situação, Zália está com o coração dividido: ela ainda nutre sentimentos por um amor do passado, mas começa a se abrir para um novo romance. Agora, comprometida com um cargo que nunca desejou, Zália terá de descobrir em quem pode confiar - e que tipo de rainha quer se tornar. (Skoob)
TRIGO, Luly. O reino de Zália. Seguinte, 2018. 436 p.

Zália é a princesa do reino de Galdino, a segunda na linha de sucessão do trono, mas, quando seu irmão Victor morre num atentado causado pela Resistência, ela passa a ser a primeira e precisa atuar como regente, pois seu pai encontra-se debilitado. Com 17 anos, Zália tem que lidar com um reino corrupto, seu pai que não quer desistir do poder e deseja tê-la no trono apenas como fachada, e problemas do coração, encontrando-se dividida entre dois garotos.

O livro tem essencialmente esses três pontos principais para lidar, além de algumas coisinhas aqui e ali, não é nem tanto, mas a autora não soube desenvolvê-las bem. Eu gostei do livro, ele não é ruim, não sentir vontade de fechá-lo e parar de ler em nenhum momento, contudo é mais uma leitura para passar o tempo do que algo que te prende realmente. Eu queria um pouco mais de profundidade, porque toda a trama foi muito superficial e genérica.

Para começar, não há desenvolvimento nos personagens, não houve nada sobre eles que me encantou e fez torcer por eles. Eles são planos e previsíveis e não saíram do clichê. Eu também diria que 90% dos mistérios da trama estava na cara. E o romance? Cadê o romance pelo amor de Deus? Eu odeio triângulos amorosos de coração, mas fui preparada para ele, para me irritar com essa história de te quero, mas não te quero, até imaginei algo tipo A Seleção pela sinopse, mas não há nada do tipo. Não há triângulo amoroso, porque não há nem sequer a interação da protagonista com mais de um dos pretendentes, então não há como conhecê-lo ou me importar com ele.

A autora é brasileira e foi perceptível o uso dela dos conflitos que se passa no Brasil, como a corrupção sem limite e a questão da aposentadoria. Houve diversas críticas ao governo, mas em nenhum momento a autora dá uma solução e assim é fácil, dizer que algo não está certo e que não pode ser assim é a coisa mais fácil que existe, e eu não quero uma solução real para o mundo real, eu não espero que ela resolva os problemas do Brasil, mas eu quero uma solução possível dentro dos limites ficcionais da história que ela criou e eu não tive isso.

Enfim, acredito que tinha uma boa base para ser uma história maravilhosa, entretanto não foi tão bem executado como eu esperava, poderia ter algumas melhorias, um melhor desenvolvimento. Mas foi um bom livro para passar o tempo, fazendo-me refleti sobre alguns pontos políticos e familiares além do abordado pela autora.

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