Livro #58: Fangirl
Fangirl
Título: FangirlAutora: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 424
Ano: 2014
Sinopse: Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?
Cath e Wren são gêmeas. Wren é a gêmea descolada; Cath é a caseira. Além de suas aparências idênticas, elas não têm quase nada igual. Quase, pois ambas são apaixonadas pelo universo de Simon Snow (criado especialmente para a historia, infelizmente), apaixonadas do tipo de ter pôsteres, escrever fanfics, participar de fóruns... Basicamente? São fangirls.
Entretanto tudo muda quando Wren decide não morar com Cath na faculdade, fazer novos amigos e esquecer de Simon, decidida a amadurecer, contudo Cath não enxerga isso. Apenas que sua amiga embutida não está por mais por perto e começa a viver dentro do seu quarto, esse que divide com Reagan, que a assusta e que quase nunca está em casa. O namorado de Reagan, Levi, passa mais tempo lá do que ela.
“O ato definitivo de heroísmo não deveria ser a morte.”
E a faculdade não está sendo nada como ela planejou. Cath não tem amigos, a aula de Escrita Criativa que tanto estava ansiosa começa a forçá-la a sair da sua área de conforto, que é escrever sobre Simon. Simon que é a única constância da sua vida. Mas que todos veem como coisa de criança.
Fangirl é narrado na terceira pessoa, contudo existe algumas expressões que ficam fora de contexto por causa desse narrador, como ‘gente’, que a autora insiste em usar. (O que é isso? A Velma, de Scooby Doo?) Há também, entre um capitulo e outro, algumas partes dos livros de Simon Snow (que não existe realmente), além de ter no capitulo fanfics que Cath já escreveu.
Eu nunca tive um amor tão grande quanto o de Cath por um mundo fictício especifico, mas pude compreender o seu amor (vírgula para a obsessão) por Simon e Baz. Você cria tantas expectativas para uma historia que quando ela não acaba como você quer, você decide dá esse final a ela. E foi isso que Cath fez. Mas, infelizmente, ela não faz isso na sua vida, quando algo não vai como ela quer, ela deixa para lá.
“Às vezes, conseguir é infinitamente pior do que não conseguir.”
O livro mostra não apenas a evolução de Cath, mas de todos a sua volta. Com uma sinceridade incrível, Rowell soube me fazer entender o que estava acontecendo com cada um deles. Houve algumas partes entediantes (como em Anexos que acho muito chato), nada emocionante acontece na historia, não há aquela reviravolta e... bum! Não há.
Contudo pode ser por isso que a achei real, os personagens demonstram uma profundidade, eles foram bem construídos nos pequenos detalhes que parecem insignificantes, mas que possui grande valor. Foi uma surpresa boa no quesito romance. Quem imaginaria que Cather, a gêmea boa, fosse ser uma vadia e ir atrás do... Surpresa!
“-O que temos em comum?-A gente gosta um do outro – disse ele. – Precisa de mais?”
A primeira vez que li Fangirl gostei mais da fanfic que a protagonista escrevia do que a própria historia (era possível que eu escrevesse a resenha sobre ela, mas...); da segunda, talvez por saber que existirá um livro (existirá um livro de Carry On!), pude avaliar melhor a historia de Cath, só da Cath. Mais ninguém. E gostei, não tanto quanto Simon e Baz que são os meus favoritos, mas recomendo.
Agora, Kelp Calm And Carry On, Simon!
-Não confio em você – disse Simon, segurando no antebraço de Basil.-Bom, também não confio em você – Basil ralhou com ele.-Por que você precisa confiar em mim? – Simon perguntou. – Sou eu que estou pendurado no precipício!-Douglas J. Henning – Basil ralhou, quase sem fôlego, o corpo inclinado à frente. – Te conheço: vai derrubar nós dois só pra me contrariar.
-Estou começando a sentir que não me quer por perto.-Nunca quis você por perto – disse Simon, tentando passar pelo colega de quarto.-Fato – Baz moveu-se e bloqueou a porta. – Isso era verdade. Até você resolver que me quer sempre por perto. Que a vida é apenas uma concha vazia a não ser que você saiba que meu coração está batendo em algum lugar na vizinhança.-Eu resolvi isso?-Talvez eu tenha resolvido. Deixa pra lá. Mesma coisa.
0 comments