Perdida

Título: Perdida
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Páginas: 364
Ano: 2013
Sinopse: Sofia vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e as facilidades que ela traz. Ela é independente e tem pavor à mera menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são aqueles que os livros proporcionam. Após comprar um celular novo, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século dezenove, sem ter ideia de como voltar para casa ou se isso sequer é possível. Enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de retornar ao tempo presente, ela é acolhida pela família Clarke. Com a ajuda do prestativo e lindo Ian Clarke, Sofia embarca numa busca frenética e acaba encontrando pistas que talvez possam ajudá-la a resolver esse mistério e voltar para sua tão amada vida moderna. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Sofia é uma mulher moderna e com alergia a palavra casamento, não conseguindo nem pensar em viver sem a tecnologia do século XXI e imagina-se algum dia loucamente apaixonada por alguém. Depois de alguns acontecimentos, Sofia é obrigada a comprar um celular novinho, o antigo caiu na privada, o que acaba forçando-a redefinir seus conceitos.

"Está na hora de começar a crer que existem mais coisas no universo além das que seus olhos podem ver."

Ao ligar o monstrinho, como Sofia diz, um forte clarão a cega e a transporta para outro lugar. Dois séculos atrás, mais precisamente 1830. Desorientada com tudo que a cerca, a mudança repentina de paisagem, Sofia encontra um homem estranho fantasiado e de cavalo, que a pergunta se a senhorita está bem.
Sem saber o porquê de tudo, Sofia aceita a ajuda do homem e é levada para a casa dele, em que recebe uma ligação da vendedora do celular que lhe apresenta uma missão para voltar ao seu tempo.
Agora, enquanto Sofia tenta descobrir que missão é essa, ela terá que se acostumar com todo o vestuário daquele tempo, que vai desde vestidos bufantes à tal temida gaiola, e problemas com a falta de condicionador. Contudo, o melhor e o pior de toda essa viagem alucinante, é o homem que a ajuda, Ian Claker.

“-Se você quiser, posso te ajudar a encontrar uma garota bacana. (...)
-Mas eu já encontrei, senhorita.
-Já?
-Sim. Mas não pode dar certo.
-E por que não?
-Porque ela não pode ficar.”

Narrado em primeira pessoa pela própria Sofia, vemos tudo pelo que ela passa e nos apaixonamos simultaneamente pelo Ian. Como não se apaixonar pelo Ian? Ian é um dos personagens mais educado, lindo e apaixonante (é claro) que conheço. Mesmo Sofia com seu jeito louco de ser, não é imune a ele. Ou ele a ela.
Nunca tendo se apaixonado, juntamente com o fato dela saber que sua volta é iminente, apesar de não saber quando, Sofia sabe que se apaixonar por Ian só trará problemas. A ele e a si mesma, entretanto ela não consegue evitar.

“-Sobre o que quer conversar?
-Sobre você e eu. Sobre nós dois. (...) Sinta o que acontece com meu coração quando estou com você. (...) Sinta! Ele diz Sofia, Sofia, Sofia! Tem sido assim desde a primeira vez que a vi. Desde aquele instante percebi que não era mais dono do meu coração, que ele não me pertencia mais. Então... não diga que não existe nós!”

A conclusão é previsível, é clichê. Não teve aquele drama, ou a autora não soube trabalhar bem nele, porque não percebi. Os primeiros capítulos são, na minha opinião, entediantes, apenas quando o Senhor Ian Claker aparece, as coisas começam a ficar interessantes e mais animadas. Ate porque o romance entre eles se desenvolve em menos de dez dias.