Livro #86: A Pirâmide Vermelha - As Crônicas dos Kane 1
A Pirâmide Vermelha
Título: A Pirâmide VermelhaAutora: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 448
Ano: 2010
Sinopse: Os irmãos Carter e Sadie Kane vivem separados desde a morte da mãe. Sadie é criada em Londres pelos avós, e Carter viaja o mundo com o pai, o Dr. Julius Kane, um famoso egiptologista. Levados pelo pai ao British Museum, os irmãos descobrem que os deuses do Egito estão despertando. Para piorar, Set, o deus mais cruel, tem vigiado os Kane. A fim de detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa jornada - uma busca que revelará a verdade sobre sua família e sua ligação com uma ordem secreta do tempo dos faraós.
Logo após a capa, encontramos um alerta que nos alerta (óbvio, o que seria se não fosse isso?) sobre o documento a seguir ser uma transcrição de uma gravação de dois irmãos realizada por Rick Riordan. Temos alguns comentários posteriores aos eventos para evidenciar isso.
“-Apenas me sigam – meu pai nos disse. – Quando encontrarmos o curador, ajam normalmente.
Estava pensando que Sadie nunca agia normalmente, mas decidi não dizer nada.”
Esses dois irmãos são Carter e Sadie Kane, que só se veem duas vezes por ano depois da morte da mãe que os separou. Carter ficou com o pai Julius Kane, um arqueólogo famoso, e viajava pelo mundo atrás de artefatos egípcios; enquanto Sadie ficou sob a tutela dos avôs maternos em Londres.
Num desses encontros, na véspera do Natal, os três, pai e filhos, acabam indo ao Museu Britânico para encontrar a Pedra Roseta. Nenhum deles entende o que está acontecendo, porque estão ali num feriado. E a coisas não melhoram.
"Justiça não significa que todos recebem o mesmo. Justiça significa que todos recebem o que necessitam. E a única maneira de conseguir o que você precisa é você mesmo fazer com que isso aconteça.”
Desde que pegaram a Sadie com os avôs, eles encontraram um homem misterioso e familiar, despistaram pessoas invisíveis por meio de um carro e prestaram homenagem a Agulha de Cleópatra. Ultimo lugar que a mãe deles esteve viva. E durante todo o caminho seu pai fala sobre consertar tudo.
Entretanto as coisas não parecem melhores quando a Pedra Rosete explode, um cara estranho e do mal aparece, e o pai deles é enterrado vivo num caixão misterioso que da terra veio e da terra voltou.
Não é nenhuma surpresa quando ninguém acredite neles. Ou que eles não acreditem quando Amos, o homem misterioso e família que seu pai conversou pouco antes de desaparecer, que também é o tio deles, diga que Julius estava realizando um ritual e acabou libertando cinco deuses egípcios. E, um deles, Set, é o deus do caos, que está com o pai deles e planeja algo terrível.
"(...) esse é o destino da sua família. Vocês começaram o processo. Os Kane irão nos curar ou nos destruir."
É óbvio para quem sobra evitar o fim do mundo. (Mais uma vez) Não vou dizer que essa historia de Riordan seja inovadora, pois não é. A historia é batida (fim do mundo e tals), mas eu gostei dela. É mais um livro de Tio Rick que é maravilhoso, não tão bom quanto PJO (que me conquistou de primeira) todavia os Kane também tem seu charme envolvente.
Os protagonistas são irmãos, o que já é um diferencial, já que não será um casal amoroso (não que eu tenha problemas com incesto), e eles são perfeitos juntos. (Novamente: qual é o problema com incesto? Não que eu os shippe, mas é bom deixar as opções em aberto.) Carter e Sadie são diferentes em personalidade e aparência, apesar de serem irmãos. Ele é moreno de olhos escuros e ela loira de olhos azuis. O que Tio Rick aproveitou para mostrar o preconceito que existe, e eu amo a maneira como ele traz esse assunto a tona.
“Não importa quão mente aberta ou educada as pessoas pensem que são, há sempre aquele momento de confusão que transparece em seus rostos quando eles percebem que Sadie é parte da nossa família. Eu odeio isso, mas com o passar dos anos passei a esperar que acontecesse.”
Além da maneira como ele mantêm todas as mitologias coexistindo no mesmo universo. Outra coisa que diverge de PJO é o comportamento dos mortais não normais para os deuses. Em PJO, há certo respeito, contudo isso é esquecido aqui. Os egípcios não respeitam seus deuses, ou talvez sim, mas não da forma que os gregos fazem. Vai além de insolência da parte de Percy, que é adorável. (Não tem como negar, é adorável.) Embora essa também seja adorável. Eu amo uma insolência.
“Você está esquecendo de algo, Hórus me disse.
Um pouco ocupado aqui! Eu pensei de volta.
É meu aniversário, Hórus insistiu. Deseje-me feliz aniversário!
-Feliz aniversário! – Eu gritei. – Agora, cala a boca!”
E de insolência, não tem como não se lembrar da Sadie, que é vista como uma junção de Percy e Annabeth. Aparência dela e personalidade ele. Enquanto Carter é mais cabeça, semelhante a Sabidinha. E eles trabalham tão bem juntos quanto a velha dupla tão bem conhecida.
Ao mesmo tempo que vemos as semelhanças com PJO, que são muitas e precisam ser mais diferenciadas (eu não quero uma cópia de PJO), também é possível notar as diferenças que tornam essa história mais perto da realidade. Ou tão próxima quanto possível dada as circunstâncias. O medo. O mal. Fazer o certo em prol de todos, mesmo que você saia prejudicado.
“Bem e mal talvez não seja a melhor forma para se colocar isso, Carter. Como um mágico, você precisa pensar em caos e ordem. Essas são as duas forças que controlam o universo.”
O final me surpreendeu, foi uma reviravolta... não, duas reviravoltas ou mais, quem sabe, que eu não esperava. Estou ansiosa pelos romances, o desenvolvimento deles, em especial um casal obscuro que eu já shippo. E mais sobre a mitologia que foi muito bem construída, ou sequenciada, pois mitologia egípcia é bastante controvérsia.
Citações do livro.
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