Livro #133: Duff

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Duff

Título: Duff
Autora: Kody Keplinger
Editora: Globo Alt
Páginas: 328
Ano: 2016
Sinopse: Bianca Piper não é a garota mais bonita da escola, mas tem um grupo leal de amigas, é inteligente e não se importa com o que os outros pensam dela (ou ela acha). Ela também é muito esperta para cair na conversa mole de Wesley Rush - o cara bonito, rico e popular da escola - que a apelida de DUFF, sigla em inglês para Designated Ugly Fat Friend, a menos atraente do seu grupo de amigas. Porém a vida de Bianca fora da escola não vai bem e, desesperada por uma distração, ela acaba beijando Wesley. Pior de tudo: ela gosta. Como válvula de escape, Bianca se envolve em uma relação de inimizade colorida com ele. Enquanto o mundo ao seu redor começa a desmoronar, Bianca descobre, aterrorizada, que está se apaixonando pelo garoto que ela odiava mais do que tudo.


Bianca Piper está bem consigo mesma, ela sabe que não é linda, mas também não é feia, é inteligente e não muito chata, mas quando Wesley Rush declara que ela é uma duff, isso é tudo que Bianca consegue pensar.
Duff é uma sigla em inglês para "Designated Ugly Fat Friend", que significa “amiga designada feia e gorda”. Segundo Wesley, todo grupo de amiga tem uma duff e Bianca é essa amiga.
Atormentada por essa palavra, por todos os conflitos que está tendo em casa, por seus pais estarem numa crise e o divórcio ser iminente, por seu pai poder voltar a beber, tudo que Bianca quer é não pensar, então ela beija o babaca que sempre disse que nunca iria fazer algo desse tipo. Ela beija Wesley Rush.
E pior: gosta!

“P.S.: Eu sei que você deve estar revirando os olhos agora, mas não ligo. Honestamente, sempre achei isso meio excitante.”

O filme nunca é parecido com o filme (estou acostumada com isso), e agora eu entendo as pessoas que assistem PJO e gostam, porque... Assistir o filme faz você achar que é maravilhoso, ler o livro faz você perceber o quanto o filme é fútil.
O filme de Duff não trata nem um assunto realmente, então fica fácil dizer que o livro tem muito mais conteúdo, além de que eu ficava me perguntando como Bianca era amiga das amigas que tinha, enquanto no livro você percebe que as amigas dela não são como parece a primeira vista, que não são superficiais e nem aproveitadoras. (Não muito...)

“-Sabe, B, você está lidando com essa história do Jake muito melhor do que eu esperava - disse ela. -
-Obrigada... acho.
-É que eu imaginei que, com Jake voltando a Hamilton com a noiva, você ia pirar. Eu esperava ligações aos prantos durante a madrugada e alguns bons e velhos ataques histéricos. Em vez disso, você está agindo normalmente... ou, você sabe, o mais normal que Bianca Piper pode ser.
-Eu retiro meus agradecimentos.”

Duff não é uma trama livre de clichês (personagens que se odeiam e depois estão no amor?), mas ele traz uma reflexão sobre se aceitar como é e não discriminar os outros por eles estarem fazendo isso, tudo de forma simples e direta e sem drama.
Bianca chega ao conflito de ser uma duff e sua aceitação sobre isso ao mesmo tempo que nós. Não existe problema em ser uma duff, não existe problema em ser como é.

“Chamar Vikki de vadia ou vagabunda era o mesmo que chamar alguém de Duff. Era uma coisa ofensiva de dizer e magoava profundamente. Era um desses rótulos que se alimentavam dos medos secretos que todas as meninas têm de tempos em tempos. Vadia, puta, puritana, cabeça de vento. Era tudo a mesma coisa. Toda garota já foi definida por esses adjetivos sexistas em alguma etapa da vida. Então, talvez, todas as garotas se sintam como uma Duff?”


Obs: Livro participante do Desafio Literário Livreando, na categoria "livro que virou filme"! Para saber mais clique na imagem.

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