Livro #148: The Bird and The Sword - Crônicas The Bird and The Sword 1
The Bird and The Sword
Título: The Bird and The Sword - Crônicas The Bird and The Sword 1
Autora: Amy Harmon
Editora: Não publicado no Brasil
Páginas: 338
Ano: 2016
Sinopse: O dia em que minha mãe foi morta, ela disse ao meu pai que eu não falaria novamente, e ela lhe disse que se eu morresse, ele morreria também. Em seguida, ela previu que o rei trocaria sua alma e perderia seu único filho para o céu. Meu pai deseja o trono, e ele está esperando nas sombras que todas as palavras de minha mãe venham a acontecer. Ele quer desesperadamente ser rei, e eu só quero ser livre. Mas a liberdade exigirá uma fuga, e eu sou uma prisioneira da maldição de minha mãe e da ganância de meu pai. Eu não posso falar ou emitir um som, e eu não posso empunhar uma espada ou enganar um rei. Em uma terra repleta de encantamento, o amor pode ser a única mágica que resta, e quem poderia amar... um pássaro?
As palavras tem poder e Lark não pode dizê-las. Amaldiçoada pela própria mãe antes dela morrer, por ser uma dotada, alguém que tem poder e é temida por todos, numa tentativa desesperada para mantê-la bem, Lark não pode falar e vive engaiolada como um pássaro (por isso o apelido dela é Bird), pois tem sua vida entrelaçada com a do seu pai - se ela viver, ele vive; se ela morrer, ele morre; e se ela morrer, ele nunca será rei.
"Engula, filha, coloque para dentro essas palavras que pairam em seus lábios. Tranque-as profundamente dentro de sua alma, esconda-as até elas terem tempo para crescer. Feche sua boca sobre o poder, não amaldiçoe, não cure, até chegar a hora. Você não falará e não cantará, você clamará pelo céu ou o inferno. Você aprenderá e você prosperará. Silêncio, filha. Mantenha-se viva."
No meio de uma guerra entre humanos e uma espécie de abutres gigantes devoradores de humanos, Corvyn, pai de Bird, quer mais do que tudo ser rei e planeja deixar o atual rei vencer a guerra para depois destroná-lo quando estiver fraco, mas o tiro sai pela culatra quando Tiras, o rei, aparece em sua casa, exigindo os soldados que não foram mandados para o campo de batalha e pegando sua filha como uma certeza que isso acontecerá (todos os pais amam os filhos, certo?).
Trocada de cenários, mas ainda presa, numa gaiola, Bird encontra sua voz, embora não possa falar - e, embora não possa falar, ela pode ser ouvida. (Literalmente.) Enquanto desenvolve um estranho modo de comunicação com Tibas e começa a aprender mais sobre linguagem, sobre escrita e som, uma relação improvável (embora esperada por nós, leitores) surge, assim como o fato de que Bird pode se comunicar com ele, pode ser ouvida. Em pensamentos. Nos pensamentos.
"Agora este homem, este irritante, bonito, homem - filho de um rei assassino - poderia de repente me ouvir como se eu falasse. Uma mulher em vez de um pássaro engaiolado. Um ser humano em vez de uma presença silenciosa nas sombras."
Bird é uma Teller.
Nesse mundo de humanos há mais do que humanos que conhecemos. No começo do mundo, Ele criou dois filhos e duas filhas e deu a cada uma palavra poderosa, que lhe dava um dom precioso. A um filho foi dado a palavra Changer (mudança), o poder de se transformar em animais; ao outro garoto Healler (curandeiro), oferecendo a capacidade de curar; a uma garota foi dada Spinner (girar... é meio que Rumpelstiltskin, que gira palha e a transforma em ouro), podendo transformar qualquer coisa em ouro; a outra, Teller (contadores), que podia prever o futuro, alguns dizem que podia até moldá-lo com suas palavras.
Bird é uma Teller.
"Eu o deixei ir.
Boojohni disse que eu precisava.Eu deixei o ódio ir, eu o deixei ir e eu comecei a me curar."
Sou uma fã de Amy, fato incontestável, eu acho simplesmente incrível como ela mescla isso de romance e religião (você pode ver em qualquer resenha que já fiz dos livros dela) e isso continua a me surpreender. Nesse livro não é tão direto a citação como nos outros que já li, mas está lá - está lá nos poderes dos dotados, está lá em Quem deu esse poder a eles, está lá na fé que todos tem; está lá de forma sutil, mas está.
"E no começo havia as palavras, e as palavras estavam com Deus,
E as palavras eram Deus."
Repito: sou fã de Amy, mas tenho que dizer que esse não é o melhor livro dela - não é ruim, só não é... uma obra prima. É um livro de fantasia muito bem escrito, tudo está muito bem encaixado, contudo, pela primeira vez dos livros dela, o romance não é surpreendente, não é apaixonante, não é totalmente convincente. O livro não é maravilhoso, não é péssimo e eu recomendo.
0 comments