LIvro #176: Fuck Love - Louco Amor

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Helena Conway se apaixonou. Contra sua vontade. Perdidamente. Mas não sem motivo. Kit Isley é o oposto dela desencanado, espontâneo, alguém diferente de todos os homens que conheceu. Ele parece o seu complemento. Poderia ser tão perfeito... se Kit não fosse o namorado da sua melhor amiga. Helena deve desafiar seu coração, fazer a coisa certa e pensar nos outros. Mas ela não o faz... Tentar se afastar da pessoa amada é como tentar se afogar. Você decide fugir da vida, pulando na água, mas vai contra a natureza não buscar o ar. Seu corpo clama por oxigênio sua mente insiste que você precisa de ar. Então você acaba subindo à superfície, arfando, incapaz de negar a si mesma essa necessidade básica de ar. De amor. De desejo ardente. Você pode pensar que já viu histórias parecidas, mas nunca tão genuínas como essa. Tarryn, a escritora apaixonada por personagens reais, heroínas imperfeitas, mais uma vez entrega algo forte, pulsante, que nos faz sofrer mas também nos vicia. Depois dela, todas as outras histórias começam a parecer como contos de fadas. Se você não quer se viciar, não leia a primeira página. (Skoob)
FISHER, Tarryn. Fuck Love: Louco Amor. Faro Editorial, 2017. 288 p.


Eu estava lendo a história sem me lembrar da sinopse e minha reação foi "whats the f...?" Nossa, eu não esperava por isso. Eu estou tão confusa sobre esse livro que nem sei o que falar sobre ele. Vamos por partes.

Primeiro, vamos nos situar: logo no primeiro capítulo, Helena tem um sonho... talvez? Ou é um sonho realmente realista ou foi realmente uma viagem no tempo ou algo sem precedentes, tudo que Helena sabe é que nesse sonho ela tem dois filhos, é uma artista de livros de colorir e está com Kit Isley. O namorado da sua amiga. Que ela nunca nem ao menos olhou antes disso.

Antes disso.

Agora, tudo que Helena consegue pensar, querer, é ele.

"-Quanto tempo temos estado juntos? E nós nos amamos?
-Sabe aquela sensação que você tem agora? De confusão, de medo, de fascínio?
Eu concordo.
-Isso é o que eu sinto todos os dias. Porque eu nunca amei alguém como eu amo você."

Eu não sei o que pensar sobre o livro. É bom, mas também é... meio ruim? Quer dizer, ele foi tão confuso. Eu passei boa parte da história me perguntando qual era a história, o que estava realmente acontecendo, porque nada parecia real e você fica que nem a Helena, perguntando-se se é um sonho.

É um sonho? Não sei. Talvez. Faria mais sentido se fosse.

Nem tudo da história, do enredo, é cem porcento realista, embora os personagens tenham sido bem construídos. Acho que é a primeira vez que leio uma história que os personagens são bens construídos, são reais, com reações e pensamentos realistas, e a história em si, alguma vezes, não.

"Tudo dói demais. Não faça alguém queimar, e depois tente apagar as chamas com as coisas que deveria ter feito. Esses arrependimentos são como gasolina e não água."

Eu conheci a autora somente por causa da trilogia (bem-que-poderia-ser-apenas-um-livro) Never, Never, escrita em parceria com Colleen Hoover, e eu fiquei querendo ler mais dela, porque, por todas as resenhas que eu li, Tarryn Fisher cria protagonistas que não são pessoas boazinhas, que erram talvez mais do que acertam, que são imperfeitas e tentam melhorar e não conseguem. E a personagem dela de Never, Never era assim (Colleen Hoover escrevia pela perspectiva do garoto e Tarryn pela menina, leiam também).

A essa altura, vocês devem ter percebido que eu amo personagens assim, que te fazem questionar quem é a vilã e a heroína da história.

E se realmente tem uma.

"Causa e efeito. Nós achamos que podemos controlar nossas vidas, mas nossa vida nos controla. E tudo o que toca as nossas vidas nos controla. As pessoas têm menos poder do que eles pensam que têm. São apenas as reações que controlam."

Enquanto lia a história, minha certeza de que os Helena e Kit iriam acabar juntos hesitou, porque... é um sonho? Uma profecia autorealizável? Ou uma daquelas viagens no tempo que saber o futuro muda o passado? Porque a cada momento, a cada capítulo, não me pareceu que eles terminam juntos, que o mundo os queriam juntos, que eles fariam algo para estarem juntos.

Eles terminam juntos?, você me pergunta. Leia.

Só fique sabendo que essa história não é sobre Helena e Kit, é sobre Helena e sobre se encontrar, sobre se perguntar se aquela pessoa que todos conhecem é realmente você ou apenas você agindo como todos esperam, é sobre pensar em si e se amar antes de todos os outros.

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