Livro #223: Sejamos todos feministas
O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade.
Chimamanda Ngozi Adichie | Sejamos todos feministas | Companhia das letras | 2015 | 64 p.
Acredito que essa será a resenha mais curta da minha vida, porque não há muito o que falar. O próprio livro é a resenha, basicamente. Você pode lê-lo em poucos minutos e tirar sua própria opinião. Eu recomendo fortemente.
Sejamos todos feministas é a descrição de um discurso feito por Adichie numa palestra, onde a mesma foi convidada para falar sobre feminismo. Ela diz sua opinião sobre e conta histórias de sua vida como exemplos, e tudo é sincero e tocante e você quer mais.
A verdade é mais comovente do que muitas coisas, qualquer coisa. Não é a toa que fujo sempre que tenho chance de biografias e baseado em fatos; fantasia é meu xodó.
"Se repetimos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com frequência, ela se torna normal. (...) Se só os homens ocupam cargos de chefia nas empresas, começamos a achar 'normal' que esses cargos de chefia só sejam ocupados por homens."
Enfim, eu queria mais.
Eu quero mais livros dela.
Adichie é engraçada e divertida e sabe contar uma história. Ela fala de feminismo e consegue passar a imagem de que... Ela consegue quebrar todos os estereótipos que há em cima do feminismo, onde mulheres odeiam homens, não se casam, não usam maquiagem, talvez até se odeiem, e sério?
Eu sou feminista e me amo mais do que qualquer outra coisa. Eu não odeio homens, mas, sim, não planejo me casar; uso maquiagem raramente e, não nego, é porque me sinto obrigada, eu sou como muitos por aí que fazem algo porque se sentem obrigado, embora saiba que não deva; e eu me amo acima de qualquer coisa, não custa repetir.
"Perdemos muito tempo ensinando as meninas a se preocuparem com o que os meninos pensam delas. Mas o oposto não acontece."
Já disse o quanto amei esse livro? Não, mesmo? Porque eu amei. Homens e/ou mulheres, venham conhecer mais sobre feminismo em poucas palavras e fazer parte desse movimento na busca pela igualdade de direitos. Eu adoraria mais companhia.
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