Citações - Livro: A Espada do Verão - Magnus Chase e os Deuses de Asgard 1
A Espada do Verão
Resenha do livro.Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida...
É, eu sei. Vocês vão ler sobre minha morte agonizante e vão pensar: “Uau! Que maneiro, Magnus! Posso ter uma morte agonizante também?!
Não, tipo não.
A garota era filha dele, com certeza. Sua expressão era mais determinada, zangada. Se ela estava me procurando, eu não queria ser encontrado. A garota era assustadora.
Como não há nada melhor para começar o dia do que uma boa invasão domiciliar, decidi fazer uma visitinha a casa dele.
Eu não roubo de qualquer um. Escolho imbecis antipáticos que já tem coisas demais. Sou juiz, júri e ladrão. E, no que diz respeito a imbecis antipáticos, achei que não podia existir ninguém pior do que tio Randolph.
Se havia um sistema de segurança, não conseguir ver. A porta tinha apenas uma fechadura simples, nada de tranca. O que é isso, Randolph? Eu esperava um desafio!
Subir as escadas até um mausoléu de mobília de mogno, tapetes orientais, pinturas a óleo, pisos de mármore e candelabros de cristal... Era constrangedor. Quem vivia assim?
Vocês já ouviram falar dos péssimos motoristas de Boston? Conhecem meu tio Randolph.
-Você errou um pedestre? Quer voltar para atropelá-lo?
Esperei que Randolph respondesse algumas das perguntinhas irritantes que eu tinha que fazer, como, ah? Quem é meu pai? Quem matou minha mãe? Como você perdeu sua esposa e suas filhas? Você está tendo uma alucinação? Precisava mesmo passar essa colônia com cheiro de cravo?
Mas ele estava ocupado demais tumultuando o transito.
Enfim, só para jogar conversa fora, perguntei:
-E então, quem está tentando me matar?
Mitos nada mais são do que historias sobre verdades que esquecemos.
Pensei: Se Satanás fosse real, seria como esse sujeito.
Depois pensei melhor: Não, Satanás seria considerado desleixado perto dele. Esse cara é tipo o consultor de moda do Satanás.
-Cale a boca, Surt. Magnus está com a espada! Volte para o fogo donde veio.
Surt não pareceu intimidado, embora eu achasse a palavra donde muito intimidante.
De alguma fora, Blitz e Hearth deviam ter me seguido ate ali. Na pressa, pegaram os objetos mortais mais próximos. Sendo mendigos meio malucos, eles não escolheram muito bem. Foi estúpido e inútil? Pode apostar. Mas aqueceu meu coração eles quererem cuidar de mim.
-Galochas dos deuses! Não é um gigante de fogo qualquer. É o Negro!
Tipo, o contrario do Amarelo?
Uau, Magnus, vocês devem estar pensando. Isso foi... burrice! Obrigado. Tenho meus momentos.
-Por mais que não admita você foi corajoso. Você se sacrificou para salvar muita gente.
As palavras dela soavam como um elogio. O tom como se ela estivesse me chamando de idiota.
O sacrifico, a bravura, não devem ser planejados, mas sim uma verdadeira reação heróica a uma crise. Tem que vir do coração, sem qualquer pensamento por recompensa.
Havia muitos itens na minha lista de coisas que não entendo. Bem no ponto: como um garoto de rua podia ser filho do deus da abundancia e das riquezas? Isso é que era piada de mau gosto.
E quem era a fera? Eu podia apostar que era um lobo, porque é sempre um maldito lobo.
A questão do destino, Magnus, é a seguinte: mesmo que não possamos mudar o cenário, nossas escolhas podem alterar os detalhes. É assim que nos rebelamos contra o destino, como deixamos nossa marca.
-Podemos descer lá e ver os deuses, vender biscoitos de porta e porta e tal?
-Mesmo olhando para Asgard, você não tem senso de reverencia.
-Não, não tenho.
-Temos que tirar você daqui. Temos que encontrar a espada.
-Tudo bem.
-Não discuta comigo – disse Blitzen. – Sei que você está gostando do paraíso dos guerreiros e que tudo é muito novo e empolgante.
-Blitz, vamos logo.
-Mas eu tinha o discurso todo preparado.
Quando alguém diz: É o Esquilo, você não faz perguntas. Só corre.
-Cheguei cedo no meu próprio velório. Típico.
-Aprendi do jeito mais difícil que às vezes é preciso recuar e deixar que as pessoas cumpram suas próprias missões, mesmo que sejam pessoas muitos queridas.
Estou ficando vermelho, disse Hearthstone, claramente não ficando vermelho.
-O que ele está fazendo? Gestos rudes de elfo para mim?
-É linguagem de sinais – respondi.
-É linguagem élfica de sinais – corrigiu Blitz.
-Lorde Senhor Bolhas...
-É Mímir.
-Meus servos regulares nunca fazem tantas perguntas.
-Na verdade, fazemos, chefe. Você que nos ignora.
-Você tem aquilo pelo que paga. Se for barato, não vale muito. Isso é verdade especialmente no que se diz respeito a conhecimento. Você pode pagar por um atalho, ter a informação agora, ou vai ter que descobrir sozinho, da maneira mais difícil.
Saber das coisas nem sempre valia o preço.
-Você pode faze um glamour e virar uma coisa menor? Alguma coisa que caiba no bolso e seja inofensivo. Uma caneta, talvez?
Uma caneta que vira uma espada. É a coisa mais idiota que já ouvi.
-Vou confessar: não sou uma águia de verdade.
-Devo dizer que estou chocado. Cho-ca-do.
-As pessoas tem impulsos destrutivos. Alguns de nós querem ver o mundo queimar só por diversão... mesmo se formos destruídos no processo.
-(A corda) é trançada com os paradoxos mais poderosos dos nove mundos: wi-fi sem lag, sinceridade de político, uma impressora que realmente imprime, comida frita saudável e uma aula de gramática interessante!
-É melhor me segurar agora, chefe. Senão posso me perder de novo.
-Mas você disse que a exaustão...
-Pode fazer você desmaiar – completou a espada. – O lado bom é que pelo jeito você vai morrer de qualquer jeito.
-Você... você é bom de papo. Seria um ótimo vendedor de carros usados.
Loki deu uma piscadela.
-Acho que o termo é seminovo.
-Não vamos para o lado errado – prometi. – Não é, Jacques?
-Hã? Ah, não. Acho que não. Tipo, temos sessenta por cento de chance de vivermos.
-Jacques...
-Brincadeirinha... Caramba, você é tão sem graça.
Que tal usarmos a corda mágica? Prefiro não cair e morrer.
-Assim, se cairmos – explicou Sam, - caímos todos juntos.
-Tudo bem. Adoro morrer com meus amigos.
Sam me lançou um olhar que dizia: você é tão idiota. Eu já estava me acostumando.
-Jacques! Jacques, cadê você?
-Cara, o que foi? Estou me lavando nessa caneca. Um pouco de privacidade seria bom!
-Essa é a coisa maravilhosa nas ditas pessoas boas. Elas ouvem aquilo em que desejam acreditar.
-Saber seu destino é uma coisa. Aceitar é bem diferente.
-Sou um caçador de conhecimento! – anunciou Odin. – Isso sempre foi verdade. Fiquei pendurado na Arvore do Mundo durante nove dias e nove noites, sentindo dores excruciantes, para descobrir o segredo das runas. Fiquei em uma fila durantes seis dias no meio de uma nevasca para descobrir a bruxaria do smartphone.
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