Um Caso Perdido

Resenha do livro.
Algumas vezes, a verdade pode ser impossível de digerir. Às vezes, só às vezes, a mentira parece a melhor opção.

Sei que, no instante que fizer isso, os boatos vão deixar de ser apenas boatos. Tudo vai passar a ser verdade. E a ultima coisa que quero é que as fofocas sobre mim se concretizem.

Sarcasmo não tem muita graça quando o que se diz é verdade.

-Que importância tem o gênero, se o livro é bom?

-Escolhi preto porque é o que melhor representa meu humor hoje. Talvez depois que você concordar em se juntar a mim nessa jornada, eu troque por uma cor um pouco mais alegre. Quem sabe amarelo?
-Odeio amarelo. Fique com o preto, combina com seu coração.

-Sou novo aqui. E, se não deu para deduzir pelo meu estilo impecável, acho que posso afirmar que sou... Mórmon.
-E eu achando que você ia dizer gay.
-Isso também.

Six jamais gostou de acordar cedo e, pelo jeito, também não fica muito alegre de tarde. Para ser bem sincera, também não fica muito contente durante a noite. Se tivesse de adivinhar em qual horário Six fica mais agradável, eu diria que é quando está dormindo. Vai ver é por isso que ela odeia tanto acordar.

-(...) não estava tentando dar em cima de você. Só achei que fosse outra pessoa.
-Está tudo bem.
-O que não quer dizer que eu não daria em cima de você. Só não estava fazendo isso naquele momento.

(...) já consigo perceber que não é o tipo de cara pelo qual uma garota tem uma simples quedinha. É o tipo de cara pela qual a gente se apaixona loucamente, e isso me deixa apavorada. Não quero de jeito algum me apaixonar loucamente por alguém, muitos menos por alguém que já se considera um caso perdido.

-É uma desculpa de merda você deixar um ano ruim determinar o resto de sua vida.

-Você não pode ficar com raiva de um final realista. Alguns são horrorosos mesmo. São os finais felizes super falsos que deviam irritar você.

-A vida é realista e, as vezes, as coisas ficam feias e só nos resta aprender a lidar com elas.

-Então fica com a casa inteira para você e passa a noite de sexta cozinhando? Que adolescente mais típica.
-O que posso dizer? – dou de ombros. – Sou uma rebelde.

-Você é sempre tão sarcástico?
-Você é?
-Você sempre responde com outras perguntas?
-Você faz isso?
-Quer beber alguma coisa?
-Está me oferecendo algo para beber na minha própria casa?
-Quer leite que tem gosto de bunda ou refrigerante?
-E temos refrigerante?
-Será que não somos capazes de dizer alguma coisa que não seja uma pergunta?
-Não sei, somos?
-Por quanto tempo acha que a gente consegue fazer isso? Quer gelo?
-Você vai querer gelo?
-Você acha que eu devia querer gelo?
-Você gosta de gelo?
-Seu gelo é bom?
-Bem, você prefere gelo em cubo ou gelo esmagado?
-Você não vai ganhar gelo.

-Sky – sussurra ele sedutoramente no meu ouvido. – Eu preciso de você... Longe da porta da geladeira. Preciso abri-la.

-Promete que não vai rir?
-Já disse que sempre serei sincero, então, não. Não posso prometer que não vou rir porque você é meio engraçada e assim vai acabar pegando mal para mim.

Ele parou de fatiar no meio da minha fala, não sei muito bem em que momento. Está me olhando um pouco boquiaberto. Respiro fundo e exalo devagar, pensando que talvez eu tenha acabado de fazer o garoto querer sair correndo pela porta. E, tristemente, não o culparia se fizesse isso.
-Essa – diz ele enfaticamente – foi a frase mais longa que já ouvi na vida.

-Vou lhe dizer uma coisa. Assim que meus lábios encostarem nos seus, vai ser, sim, seu primeiro beijo. Porque, se nunca sentiu nada enquanto alguém a beijava, então ninguém jamais a beijou de verdade. Não da maneira como eu planejo beijá-la.

Depois do incidente na geladeira, a noite praticamente voltou ao normal. Ele me entregou um copo d’água, me ajudou a levantar da mesa, me deu um tapa na bunda e me obrigou a ajudá-lo. Era tudo o que eu precisava para deixar o constrangimento de lado. Um belo tapa na bunda.

-Quais primeiras vezes já tivemos?
-As mais fáceis. O primeiro abraço, o primeiro encontro, a primeira vez que dormimos juntos, apesar de eu não ter dormido. Agora não nos resta quase nada. O primeiro beijo. A primeira vez que dormimos juntos os dois, sem ninguém pegar no sono antes da hora. Que casamos. Que temos um filho. Depois disso já era. Nossas vidas vão ficar entediantes e sem graça e vou ter de me divorciar para me casar com uma mulher vinte anos mais jovem só para ter muitas outras primeiras vezes e vai sobrar para você criar nossos filhos. Então está vendo, querida? Só estou fazendo isso pelo seu bem. Quanto mais eu esperar para beijá-la, mais tempo vai demorar para que seja obrigado a abandoná-la.

-Breckin, esse é Holder. Holder não é meu namorado, mas, se eu o encontrar tentando quebrar o recorde de melhor primeiro beijo com outra garota, logo vai virar meu não-namorado morto. Holder, esse é Breckin. Breckin é o meu novo melhor amigo de todos no mundo inteiro.

-Foi um fim de semana insuportavelmente entediante – diz Holder para Breckin.
-Holder adora o tédio – asseguro-lhe. – O comentário foi algo positivo.
-Poucas coisas me deixam confuso – diz ele. – vocês dois são uma dessas coisas.

Estou olhando fixo em seus olhos apavorados e pela primeira vez desde que nos conhecemos... Acho que realmente o entendo. Todo ele. Ele não reage dessa forma porque tem cinco personalidades diferentes. Reage assim porque só existe um lado de Dean Holder.
O lado apaixonado.

-Então, o que quer fazer no seu aniversario?
-Não precisamos fazer nada. Não precisa me entreter só porque é meu aniversario. O que foi? Parece culpado.
-Só estava pensando em todas as maneiras que poderia entreter você se a gente ficasse por aqui hoje. E é exatamente por isso que nós temos que sair daqui.

-Ai, meu Deus, Holder já está contagiando você.
-Deve ser mesmo, pois estou louco para me aconchegar com você aqui no banco de trás – diz Breckin.
-Não estou contagiando você tanto assim se acha que tudo o que eu faria é me aconchegar com ela no banco de trás – afirma Holder.

-Não vou entrar – afirma ele.
-Por que não? Você é um vampiro? Precisa de permissão para entrar?

-Passe a vida inteira procurando você.

-Bêbado o suficiente para querer fazer coisas imorais com você, mas não bêbado o bastante para fazer isso. Mas bêbado o suficiente para conseguir lembrar amanha caso fizesse mesmo isso.

-Você queria lamber meu rosto desde a primeira vez que me viu? É isso que costuma fazer quando está atraída por alguém?
-Seu rosto, não, sua covinha. E não. Você é o único garoto que já tive vontade de lamber.
-Ótimo. Pois você é a única garota que já tive vontade de amar.

-Fodam-se todas as primeiras vezes, Sky. A única coisa que importa para mim com você são os para sempre.

-Você é o melhor namorado de todos e o mais compreensivo do mundo inteiro.
-Não, não sou. Sou o namorado mais domesticado do mundo inteiro.

Não existe nada como a culpa que sentimos quando percebemos que nosso próprio coração é capaz de amar o mal.

-Todos os casamentos têm limite de tempo se as pessoas se casam pelos motivos errados. O casamento não vai ficando mais fácil com o tempo... Só fica mais difícil. Se decidir se casar com alguém na esperança de melhorar as coisas, é melhor marcar logo o timer no segundo em que disse ‘sim’.

-(...) Algum dia, num futuro muito, muito distante... Tipo num futuro depois da universidade... Quando eu for pedir você em casamento... Algo que vou mesmo fazer um dia, pois não vai se livrar de mim... Não vou me casar com você na esperança de que nosso casamento de certo. Quando você for minha, vai ser para sempre. Já lhe disse que a única coisa que importa para mim em relação a você são os para sempre, e estava falando serio.
-Uau. Não precisou de muito tempo para pensar nessas palavras.
-É porque tenho pensando no para sempre com você desde que a vi no mercado.

-(...) Não consigo nem contar o numero de garotos que conheci na vida, mas foi o único por quem me senti atraída. Explique isso.
-Essa é fácil. (...) porque você já me amava antes de me ver no mercado naquele dia. Só porque me bloqueou das suas memórias não quer dizer que tenha me bloqueado do seu coração. Mas talvez tenha razão. Pode ter dado certo só porque você queria lamber minhas covinhas.
-Com certeza foram as covinhas.

-Às vezes, precisamos escolher entre um monte de escolhas erradas, sem a possibilidade de nenhuma certa. Você simplesmente tem de decidir pela escolha errada que parece menos errada.

-O céu sempre é bonito. Mesmo quando está escuro, chuvoso ou nublado, ele sempre é bonito. É minha coisa preferida porque sei que, se um dia eu me sentir perdido, sozinho ou assustado, é só olhar para ele, pois sempre estará lá, não importa o que aconteça... E sei que sempre estará bonito.