Livro #70: O Escorregador de gelo - Desventuras em Série 10
O Escorregador de gelo
Título: O Escorregador de geloAutor: Lemony Snicket
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 280
Ano: 2004
Sinopse: Por mais azarados que sejam, até agora os órfãos Baudelaire pelo menos sempre estiveram juntos. Pois neste livro décimo a tragédia é ainda maior: separados do bebê Sunny, Klaus e Violet são obrigados a descer uma montanha escorregadia, enquanto tentam salvar a irmã mais nova das garras do temível conde Olaf. Será que os Baudelaire finalmente descobrirão o significado da sigla C.S.C.? Será que, desta vez, o final será feliz? É provável que não. Como sempre, a história está repleta de mistérios e mensagens secretas, situações absurdas, desgraça e mal-estar para todos - menos para o leitor, é claro. Mas quem gosta de alegria não deve nem abrir este livro, avisa o autor, pois a vida dos Baudelaire é sempre uma desventura pior do que a outra
No livro anterior, Violet e Klaus foram forçados a se separar da sua pequena irmã Sunny, enquanto eles desciam a Montanha Mão-Morta num trailer desgovernado, ela a subia num carro cheio de vilões traiçoeiros comandados pelo Conde Olaf.
"O destino é como um estranho e impopular restaurante, cheio de garçons esquisitos trazendo coisas que você nunca pediu e de que nem sempre gosta."
Depois de uma invenção (improvisada como todas as outras), Violet consegue evitar a queda do trailer com eles num precipício com drag chutes e uma mistura grudenta e diversificada. Assim, eles começam a subida da Montanha para recuperar sua irmã e chegar a base da C.S.C e reencontrar seus pais, tendo que enfrentar mosquitos da neve, a própria neve e o frio e uma bisbórria nada agradável. (Que bisbórria é agradável?)
Entrementes, Sunny precisa aguentar um bando de pessoas desprezíveis, que a forçam a trabalhar (a critica sobre trabalho infantil retorna, a primeira vez foi em Serraria Baixo-Astral) e a cozinhar, sendo constantemente maltratada e beliscada. Percebemos mais profundamente que nossa pequena bebê Sunny Baudelaire não é mais um bebe e está se tornando uma grande chef de dentes pontudos!
"(...) é detestável alguém lhe oferecer uma boa razão para chorar quando você já está chorando; afinal, se você está chorando, não é preciso que lhe deem outro motivo para chorar."
Violet e Klaus encontram o sobrevivente do incêndio (que eu não vou dizer quem é) que os contam um pouco sobre C.S.C, os voluntários, a cisão, as mensagens, o açucareiro... Muitas coisas são reveladas.
Esse livro é, sem duvida, o que mais tem palavras complicadas até agora. É o único livro que já vem com um dicionário interativo exclusivo e aconselhador! Como não amar Lemony Snicket e quebrar a cabeça tentando decifrar as mensagens junto dos Órfãos? De onde ele tira tanta criatividade para criar um narrador impressionante como Lemony, com tantas frases inspiradoras e reflexivas?
"Quem enfrenta monstros deve cuidar para que, no processo, não se transforme em monstro também. Quando você olha longamente para o abismo, o abismo também olha para você."
Novamente nesse livro, o autor acrescentou o dilema sobre maldade e bondade que os Baudelaire estão passando na sua busca pela verdade e um final feliz. Será que nossos desafortunados Órfãos Baudelaire estão tornando-se pessoas vilanescas como as que os perseguem? Só lendo para descobrir!
Citações do livro.
Resenha da continuação (A Gruta Gorgônea)
Resenha de Lemony Snicket: Autobiografia Não Autorizada
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