Livro #83: As Leis de Moses

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As Leis de Moses

Título: As Leis de Moses
Autora: Amy Harmon
Editora: Não publicado no Brasil
Paginas: 332
Ano: 2014
Sinopse: Se eu contar desde o início, bem no começo quando eu o perdi, será mais fácil para você suportar. Você saberá o que está por vir, e vai doer. Mas você vai ser capaz de se preparar. Alguém o encontrou em um cesto de roupa suja na lavanderia, enrolado em uma toalha, algumas horas nascido e perto da morte. Eles o bebê de Moses, quando contaram sua história no noticiário das dez horas o pequeno bebê deixado na cesta de uma lavanderia nascido de uma viciada em crack e deverá ter todos os tipos de problemas. Talvez eu devesse ter ficado longe. Talvez eu devesse ter escutado. Minha mãe me avisou. Moses me avisou. Mas eu não queria ficar longe. E assim começa uma história de dor e de promessa, de mágoa e de cura, de vida e morte. Uma história de antes e depois, de novos começos, e sem finais. Mas acima de tudo...Uma história de amor.

Ler um livro sem sinopse é dureza, você já lê pela fé que tem na autora e continua assim, e a fé vai crescendo porque o prólogo (deveria ser prefácio, não?) não ajuda em nada. Eu não gosto de finais tristes, mas sabia que Amy não me decepcionaria. Até hoje ela não me decepcionou. (E vamos continuar assim, certo?)

“A verdade não era algo que a maioria das pessoas gostaria de ouvir. As pessoas gostavam de religiões, mas não queriam praticar nenhuma fé. A religião era confortável com todas as suas estruturas e regras. Faz com que as pessoas se sintam seguras. Mas a fé não era segura. A fé era dura e desconfortável, forçava as pessoas a pisarem às cegas no limbo.”

Logo depois de superado o capitulo que te deixa numa encruzilhada (você sabe que irá sofrer, mas é impressionante o quão tentador você se sente para saber como será), o primeiro capitulo conta a historia do bebê Moses.
O bebezinho foi nomeado assim por causa de Moisés, pois foi encontrado abandonado dentro de uma cesta pela mãe viciada em drogas. Dias depois ela foi encontrada morta. Por pouco, Moses não teve o mesmo caminho. Como ninguém o queria, ele foi passado de mão em mão pelos membros de sua família enquanto crescia, acabando no fim, aos 18 anos, com Gigi, sua tataravó de 80.

“As pessoas adoram bebês, até mesmo bebês doentes. Mesmo os bebês do crack. Mas os bebês crescem para serem crianças, e crianças crescem e se tornam adolescentes. Ninguém quer realmente adolescentes problemáticos. E Moses era problemático.”

Como um bebê do crack (sua mãe continuava drogando-se mesmo estando grávida), Moses tem alguns problemas de hiperatividade, bem como segredos que envolvem sua habilidade artística. Moses é um gênio com pinceis, trazendo à tona pessoas à vida. Quase que literalmente, pois a maioria de seus retratos tendem a serem de pessoas mortas.
Georgia Shepherd é teimosa como os cavalos que ama, uma cowgirl de pacote completo, com botas e chapéu, que nunca rejeita um desafio. Ou um enigma. Moses é os dois e ela se vê determinada a conhecê-lo, entrando na sua vida e virando e revirando-a de cabeça para baixo. Apesar dele nunca parecer abalado, Gerogia não desiste. Não ate que ela o tenha, pois quanto mais tempo Georgia fique perto dele, mais ela começa a se apaixonar.

-E Lucky é apenas como você! – eu disse.
-Porque ele é negro?
-Não, estúpido. Porque ele é apaixonado por mim, e tenta fingir todos os dias que não quer ter nada a ver comigo.”

Você pode ate ler assim e pensar “isso é tão clichê”. Mas não é. O livro é narrado pelos dois, o que faz com que você compreenda as razões de ambos e assim não tem como ficar com raiva de nenhum deles.
Você pensa que o livro está tomando uma direção quando ele dá uma reviravolta. Amy nos surpreende a cada capitulo (minha opinião sobre o prólogo/prefacio mudou três vezes de forma radical) e você se vê apaixonada por toda a trama, os personagens e as características que tornam esse livro único, além da escrita e o enredo de Amy.

-Você acha que ela sabe o quanto eu a amo?
-Você deu flores para ela e pediu desculpas.
-Eu dei.
-Você a beijou. Você pintou para ela e abraçou-a quando ela chorou.
-Sim.
-Você riu com ela também. Tudo isso são formas de dizer Eu Te Amo.”

Meu Deus, que livro maravilhoso. Sou fã de Amy, ela é uma das minhas escritoras favoritas. (minhas preferidas a propósito são ela e a Colleen, outra diva) Adoro o modo como ela mescla o romance com religião, a visão dela é impressionante. Não é um daqueles livros religiosos, mas a fé que Amy coloca neles nos toca. Ela consegue encontrar Deus em temas que convergem em relação a isso. Amy é, sem duvida, uma escritora que me tocou com sua fé e sua maneira de ver as coisas.
Adorei o jogo dos Cinco Melhores, (me lembrou o Jogo do Contente da Pollyanna) é algo para se levar durante a vida. E é desse modo que o livro aborda amor, religião, gratidão, perdão e a coragem necessária para seguir em frente depois de uma tragédia.

“Toda vez que você começa a sentir pena de si mesmo ou faz um discurso retórico sobre o quão ruim é a vida, e a vida é uma merda, você tem imediatamente nomear cinco grandes.”

Meus cinco melhores de hoje: Família, pois sem ela não somos nada; Amigos, pessoas que eu escolhi para estar ao meu lado; Cama, significa que eu tenho um teto; Acordar, quer dizer que ainda vivo; e Deus, não precisa de explicações.
Citações do livro.
Resenha de Infinito + Um. 

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