Livro #92: A Different Blue
A Different Blue
Título: A Different BlueAutora: Amy Harmon
Editora: Não publicado no Brasil
Páginas: 454
Ano: 2013
Sinopse: Blue Echohawk não sabe quem é. Ela não sabe seu nome verdadeiro ou quando nasceu. Abandonada aos dois anos de idade foi criada por um vagabundo, ela não frequentou a escola até que tivesse dez anos de idade. Aos dezenove anos, quando a maioria das pessoas de sua idade está frequentando a faculdade ou seguindo em frente com a vida, ela está apenas no último ano do ensino médio. Sem mãe, nem pai, nem fé, nem futuro, Blue Echohawk é uma aluna difícil, para dizer o mínimo. Resistente, dura e abertamente sexy, ela é o oposto completo do jovem professor britânico que decide que está pronto para o desafio, e coloca a encrenqueira sob sua asa. Esta é a história de um joão-ninguém que se torna alguém. É a história de uma amizade improvável, onde promove a esperança de cura e a redenção se torna amor. Mas a queda no amor pode ser difícil quando você não sabe quem você é. Apaixonar-se por pessoas que sabem exatamente quem são, é o que torna impossível de se retribuir.
A Different Blue (que pode ser traduzida literalmente para Uma Blue Diferente), conta a história de Blue Echohawk, uma garota que não sabe nada sobre si. Ela não sabe quem é, quem são seus pais, que idade tem... Nada, definitivamente.
“A beleza desse poema é que todo mundo pode se relacionar, porque todos nós sentimos como se não fôssemos ninguém. Todos nós sentimos que estamos do lado de fora, olhando para dentro. Nós todos nos sentimos dispersos. Mas acho que é essa consciência que realmente nos faz alguém. E você é definitivamente alguém, Blue. Pode não ser uma obra de arte, mas é definitivamente uma parte do trabalho.”
Abandonada quando tinha aproximadamente dois anos na caminhonete de Jimmy, Blue foi criada por esse homem que considerava seu pai. Eles viviam viajando de trailer pelo país, sustentados pelo talento dele de esculpir na madeiras, talento esse que Blue parece ter herdado (vamos ignorar o fato dela ser adotada, certo?), até que Jimmy desaparece e ela se vê obrigada a ir morar com a meia-irmã dele.
Nessa nova cidade, Blue aguarda a volta de Jimmy, sua única certeza na vida é o amor que eles tem um para o outro, mas ele não retorna. E Blue vai criando uma camada cuidadosamente de vadia sobre si, para que ninguém nunca se aproxime muito dela. Ela veste roupas vulgares, não tem nenhum relacionamento serio, apenas encontros sexuais ocasionais, e comentários sarcásticos na ponta da língua.
"-Eu vivo cerca de seis quilômetros e meio de distância naquela direção – Informei, mancando atrás dele.
-Ah, bom. Eu vivo nove e meio. Isso significa que por pelo menos três quilômetros, não vou ter que ouvir você zombar de mim — Wilson resmungou."
Por causa do seu modo de vida, Blue começou a estudar apenas aos 10 anos e agora com (aproximadamente) 19 ela ainda está na escola. E é justamente ai que ela conhece seu novo professor de história Senhor Darcy, que é constantemente assediado pelas alunas por ser bonito, menos por Blue...
Certo, eu sei o que você está pensando. Pode ter certeza. Pensei o mesmo. Mas esse não é um romance alunorXprofessor. Eu estava esperando por um romance proibido e tudo mais, contudo isso não tem aqui. O que é ruim (Eu esperava por isso! É um daqueles clichês que adoro) e é bom, porque eu me surpreendi de forma positiva, embora esse continue não sendo o melhor livro de Amy para mim.
“Mas não há nenhuma maneira de evitar o arrependimento. Não deixe ninguém lhe dizer diferente. O arrependimento é tempero da vida. Não importa o que você escolher, sempre vai se perguntar se deveria ter feito diferentes. Eu não necessariamente escolhi errado. Eu só escolhi. E eu vivi com a minha escolha, tempero e tudo.”
Mas isso não significa que é ruim, não tem como um livro de Amy Harmon ser ruim. O que eu mais gosto do livro foram duas coisas: a capa e Manny. A capa é linda e Manny é Manny, simples assim. Tem coisas que não precisam de explicações e essas são umas delas. Ah, e é claro que refleti sobre as palavras de Wilson, escrevendo minha própria historia junto com Blue.
“-(...) Você comenta abertamente sobre o quão gostoso é este ou aquele cara... Incluindo Wilson, e na próxima respiração você está flertando com a líder de torcida. Você é gay? Você é hétero? O quê?
-Eu sou Manny! — Manny falou de volta, cruzando os braços. — Isso é o que eu sou. Eu sou Manny! Não sei por que não posso elogiar um cara bonito e uma menina bonita! Todo mundo precisa de um reforço positivo, Blue. Não faria mal lhe dar um pouco de vez em quando!
Bati minha cabeça contra o volante, frustrada pela minha incapacidade óbvia de me comunicar, me perguntando se talvez ele fosse o único na escola que não tinha medo de ser ele mesmo. Talvez o resto de nós que precisasse nos descobrir.”
A história é mais focada em Blue e nos seus 3R (e não, não é reciclar, reutilizar e seja lá qual for o ultimo), que são redenção, recomeço e revelações. É sobre se descobrir, é sobre amar alguém ao ponto de deixá-la ir.
E quando eu pensava que esse seria um livro sem religião, sem a marca de Amy que eu adoro, Ele aparece. Deus. Como eu disse, é uma marca de Amy falar de Deus, e era quase sempre relacionados a temas que não se encaixam. Quase. Porque dessa vez, Amy abordou a redenção, de Deus e de si mesma. Perdoar-se pode ser mais difícil do que qualquer outra coisa.
Citações do livro.
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