A Esperança
Título: A EsperançaAutora: Suzanne Collins
Editora:Rocco
Páginas: 424
Ano: 2011
Sinopse: Katniss conseguiu sair da arena pela segunda vez, mas, mesmo assim, ainda não está a salvo. A Capital está irritada e quer vingança e, por isso, inicia uma represália a toda a população. Ser o símbolo da revolução tem um preço alto para Katniss, que terá que decidir o quanto da sua própria humanidade e sanidade ela poderá arriscar em nome da causa, dos seus amigos e da sua família.
Há muitos anos atrás, o distrito 13 se rebelou e foi obliterado pela Capital. Essa revolta foi o que iniciou os Jogos Vorazes depois da guerra, para que ninguém nunca mais se esquecesse das consequências. Só que... O distrito 13 não desapareceu, ele continua existindo e se prepara para uma revanche.
Katniss foi resgatada da Arena durante o Massacre Quaternário para ser o símbolo dessa nova revolução. Ela é a cara da revolução. O tordo que lutou contra a Capital e continua viva. Quebrada e despedaçada, pois seus distrito foi obliterado como o 13 antigamente, muitas pessoas que ela conhecia morreram, e Peeta está sobre o controle da Capital. Mas ela está viva.
“-Por pior que se sinta com relação a isso, você vai ter de matar, porque na arena você só consegue um único desejo. E custa muito caro.
-Custa sua vida - diz Caesar.
-Ah, não. Custa muito mais do que sua vida. Assassinar pessoas inocentes? - diz Peeta. - Custa tudo o que você é.”
Nos primeiros capítulos, Katniss não quer ser o Tordo, o que faz com que ela vague pelos corredores subterrâneos do 13 sem rumo, ignorando a todos, assim como sua rotina preestabelecida. Até que percebe que ela já está envolvida, que ela queira ou não ela é o símbolo.
E Katniss ingressa-se nisso, determinada a fazer diferença a todos, mas, embora seja o símbolo, a única coisa que ela precisa fazer é estrelar pontoprops que inflam ainda mais o ódio dos distritos contra a Capital. O plano é derrubar o governo de fora para dentro, unir todos os distritos para então atacar a Capital.
“-Você ainda está zangada.
-E você ainda não pediu desculpas.
-Eu ainda sustento o que disse antes. Você quer que eu minta?
-Não, quero que você repense e apareça com uma opinião correta.”
Mas então Katniss é atacada quando Peeta é resgatado, numa missão que visava o salvamento dos tributos capturados. Durante sua estadia na casa-mansão do Presidente Snow, ele foi constantemente torturado com uma técnica de telessequestro, que usa o veneno das teleguiadas para modificar as memórias. E todas as memórias que Peeta tem de Katniss foram remodeladas e a transformaram numa vilã, responsável pela morte de todas as pessoas que ele gostava.
Peeta não sabe mais diferenciar o quais das suas memórias são verdadeiras e quais são as falsas. E, agora, ele é quem está quebrado e despedaçado. Destruído. E é ai que entra o jogo “verdadeiro ou falso?”, em que ele diz algo que se lembra, mas duvida ter acontecido, e a pessoa diz se é verdade ou uma farsa induzida pela Capital.
“-Você ainda está tentando me proteger. Verdadeiro ou falso?
-Verdadeiro. Porque é isso que você e eu fazemos. Protegemos um ao outro.”
O começo de A Esperança é lento e demora para que o leitor se apegue a historia e fique desejando mais. No começo (e em algumas outras partes também), só estava lendo por ser o ultimo livro e querer saber como terminaria. Há muitas explicações sobre o que acontece ou aconteceu antes, como as coisas agem no 13, que não é muito diferente do que na Capital... Ou seja, muita enrolação.
O triangulo amoroso é finalmente resolvido (afinal de contas, é o ultimo livro) e eu não gostei da forma, do porque de Katniss ter escolhido... Independente do que ela diga, Katniss escolher quem escolheu apenas por não conseguir lidar com o outro. Ao menos, foi o que me pareceu.
“Você vem, você vem
Para a árvore
Usar um colar de corda, e ficar e ao meu lado
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos à meia-noite na árvore-forca”
Eu gostei do final (apenas de não dizer o mesmo do livro em geral) porque é aquele final que diz que nada terminou perfeito, que não existe isso de “perfeito” ou final feliz. Mas isso não quer dizer que... (Não me pergunte o que isso não quer dizer)
“-Você me ama. Verdadeiro ou falso?
-Verdadeiro.”
O livro fala sobre dores e perdas, sobre continuar vivendo mesmo quando pareça que nada na vida tem sentido. E sobre não deixar ser controlada, não deixar que alguém dite o que você tem que fazer; você tem que fazer o que acredita ser o correto mesmo quando todos achem o contrario.
0 comments