O namorado da minha melhor amiga

Titulo: O namorado da minha melhor amiga
Autora: Elizabeth Scott
Editora: Underworld
Páginas: 220
Ano: 2013
Sinopse: Sarah tinha uma queda por Ryan há anos. Ele é fácil de falar, super esperto, e isso ganhou ela totalmente. Ultimamente até parece que ele está prestando uma atenção extra nela. Tudo seria perfeito, exceto por duas coisas: Ryan é o namorado de Brianna, e Brianna é a melhor amiga de Sarah. Sarah se esforça para evitar Ryan e tenta convencer-se de que não gosta dele. Ela se sente tão culpada por querer ele, e a última coisa que ela quer é magoar sua melhor amiga. Mas quando ela é jogada juntamente com Ryan, uma noite, algo acontece. É maravilhoso... e horrível. Sarah é dilacerada pela culpa, mas o que ela sente é de modo algum um pequeno vício, e ela não pode se impedir de querer mais...

"Todo mundo conhece a regra não escrita: Você não gosta do namorado da sua melhor amiga."

Sarah conhece a regra de não gostar do namorado da amiga, ainda mais quando ela é a sua melhor amiga, mas ela também conhece Ryan. E Ryan é tudo o que poderia desejar.
Cada vez que tenta não pensar em Ryan, Sarah pensa. Cada vez que tenta não se apaixonar ainda mais, Sarah se ver ainda mais encantada por ele. Cada vez que tenta não imaginar como seria beijá-lo... Uma vez, Sarah o beija e é tudo que imaginou que seria e muito mais.

"Não virei e olhei. Não o vi ir.
Não o fiz, mas estou tremendo quando consigo entrar. Tremendo porque aconteceu. De querer o que não deveria. De quão feliz estive de falar com ele.
De quão fácil foi estar com ele. Deste beijo."

Tanto quanto gostaria de esquecer que isso aconteceu, Sarah não está realmente arrependida pelo que fez. Ela não se arrepende do beijo, ela se arrepende do fato de que faria novamente, de que beijaria novamente o namorado de sua melhor amiga, Brianna, contudo Ryan não o faria, porque ela é Sarah e Brianna é... Brianna.
Quem a escolheria sobre Brianna? Foi um erro. Algo que nunca vai acontecer novamente. Mas... Acontece. E Sarah se odeia por gostar, mas ela não pode parar, não pode odiar Ryan, porque sabe que ele está odiando trair Brianna tanto quanto ela, mas Brianna também está traindo-o e... o ama?!

"Era como se todos estivéssemos tão ocupados tentando ser feliz ou dizendo que éramos felizes, mas por debaixo não havia nada exceto amargura, do tipo que só podia ser libertado com tinta, em palavras não ditas."

Não te culpo se você quiser (ao menos eu quis) em alguns momentos (sempre) pegar Sarah pelos ombros e dá uma sacudida, mas, ei, quem pode culpá-la por agir assim? Brianna é linda e maravilhosa e, entre tantos para ser amigo, ela escolheu Sarah, e qualquer garoto deixaria sua namorada por um momento com Brianna, qualquer garoto queria Brianna e, como a própria diz, alguém que goste dela não tem como gostar de Sarah, porque as duas são claramente... diferentes. (É, eu sei. Você não sabe com quem fica irritado na história.)
A escrita, em primeira pessoa de Elizabeth Scott, te faz odiar estar lendo aquilo e se perguntar porque está lendo aquilo, mas você não pode parar de ler aquilo... É tão frustante. E real.
Quem nunca teve uma amiga assim? (Não eu, aleluia!) Mas essas pessoas ainda assim existem na vida real. Existem pessoas que você gosta que, às vezes, te coloca para baixo para se sentir melhor, e você deixa que elas façam isso, talvez até contribua um pouco, porque você é uma boa amiga, é a melhor, mas... Chega um momento que não, que basta, que você está cansada, que você tem que pensar em si mesmo. E, às vezes, esse momento não chega, você não percebe, e arruma desculpas para qualquer situação, qualquer comportamento errado.

"Aqui não há nenhum vilão malvado, nenhuma amiga que seja realmente uma inimiga e que está atrás de mim. Brianna vai pelo que quer, mas nunca tomou algo que seja meu. Nunca tinha que fazer. Tudo veio por vontade própria, e ela não tem feito nada mais que ser minha amiga."

Esse é o segundo livro da Elizabeth Scott que eu li (Perfect You foi o primeiro) e ambos são jovens adultos, que mostram essas amizades turbulentas e (talvez?) não saudáveis, onde a protagonista não ver isso. Ou escolhe deliberadamente não ver. Não são grandes histórias, com reviravoltas surpreendentes, mas que, ainda sim, te deixa querendo mais.