Livro #158: A Revolução do Carrasco
Autora: Eoin Colfer
Editora: Galera Record
Páginas: 384
Ano: 2016
Sinopse: A jovem agente do FBI, Chevie Savano volta à Londres contemporânea após uma viagem pela era vitoriana e encontra as coisas bem diferentes. A Europa está sendo governada por um movimento fascista conhecido como Boxita, que controla todo o território através do terror e da intimidação. As memórias de Chevie retornam fragmentadas, e, na medida que ela aprende sobre o programa do professor Charles Smart, inventor da máquina do tempo, ele é morto pelo serviço secreto da polícia. Agora cabe a Chevie e ao amigo Riley salvar o mundo.
Algumas aconteceram a 100 anos e... o mundo como conhecemos agora mudou. Quando Chevie esteve na Londres vitoriana, ela foi vista pelo Coronel Box e seu grupo que haviam sido declarados como mortos, quando na verdade desertaram do FBI para montarem uma revolução; se ela não tivesse sido vista tudo seria diferente, o plano não teria sido adiantado, o local que as armas futurísticas estavam afundariam na água, mas Chevie foi.
E o mundo mudou.
Agora, 100 anos depois dessa viagem no tempo, o mundo se ver emergido no movimento Boxista.
"Se você voltar no tempo e assassinar Rasputin, não há necessidade de voltar e assassinar Rasputin. Então o velho Grigori está morto, ou não? — Professor Charles Smart."
Nesse novo mundo, ser um artista é pecado e desde cedo você é ensinado a adorar o Abençoado Coronel, que livrou a todos do pecado e foi enviado por Deus. E, se você é uma criança órfã, provavelmente por ser pai ter sido morto por escrever poemas escondidos, você é criada para ser uma assassina.
Nesse novo mundo, Chevron Savano não é uma agente especial do FBI, ela é uma cadete.
"É melhor você me deixar sair daqui, cadete, porque senão nenhuma de nós vai sair viva desta sala.
Por favor, pensou Chevie. Por favor, fique quieta."
Quando Chevie chegou nesse novo futuro, ela não era a mesma pessoa. E essas duas personalidades se chocam, porque há a Chevie daquele tempo, que foi criada desde cedo daquela forma, e a Chevie que veio da Londres Vitoriana para a Londres Boxita, a Chevie Traidora.
Demorei um pouco para entender isso, sinceramente. Minha primeira pergunta/dúvida foi por que Chevie se lembrava da outra linha temporal. Por que? Não tinha porque, ela nasceu e foi criada assim, nada mudou, não tem porque ela ter duas mentes, duas personalidades... Mas ela tem. Porque, enquanto fazia a viagem do tempo da Londres Vitoriana para a Londres Boxita, o mundo mudava e Chevie era outra pessoa. Quando ela chegou ao presente, a Chevie de antes chocou-se com a Chevie de agora que não era ela e as duas fundiram-se.
(Parece simples em retrospecto.)
"Bob Winkle tem uma regra: se ele não entende, dane-se."
E, 100 anos atrás, quando esse mundo nem começou, quando o Império Boxita ainda podia ser impedido, nós temos (~música de suspense~) o Graaaandeeee Savanooo! Ou Riley, apenas Riley, como... chamam... não sei. O parceiro dele, Bob Winkle, no Teatro? Sua melhor amiga que nem é do mesmo tempo, Chevie? Ou sua "Família", os Arietes?
Na estreia do seu teatro, como Grande Savano, teatro que herdou do seu antigo patrão assassino Garrick, o teatro é invadido pelos Arietes e Riley se vê sobre uma dívida maior do que pode pagar, porque ele é um Ariete e tudo que é dele na verdade não é, é de Otto Malarkey, o Rei do Arietes.
E, como se não fosse o bastante, antes que pudesse fugir, Riley se ver sobre a mira de uma arma que não deveria existir até depois de uns 100 anos, presenciado a morte do Conselho de Guerra dos Aríetes pelo tatuador e escrivão da Família, o mais simpático do grupo, aquele que viria a ser conhecido como Carrasco... no novo Império Boxita.
"Nada de negociações. É uma questão de regras. Regras é que nem corações. Depois de quebrados, eles continuam partido. Captou essa, não captou? Foi das boas."
É difícil dar uma opinião sobre esse livro, porque eu adoro essa história de viagem no tempo e paradoxos e eu amei os personagens e como eles ficam trocando de lado, eu amo principalmente os protagonistas porque... eles são diferentes um do outro, mas depois de tudo que passaram juntos há mais confiança ali do que qualquer coisa.
E tem romance! O romance é... Melhor casal não do mesmo século forever. Sem comentários. Só leia. Não tem como não... torcer por eles (eu iria colocar apaixonar, mas é a palavra errada).
Oh, mais uma coisa: eu gosto do professor Smart, ele tem um humor tão... hilariante. No começo de cada capítulo tem uma frase dele que... sei não, aquele cara era louco, louquinho da pedra.
"A viagem no tempo causa o caos, e o caos não segue regras. Por isso é chamado de caos, seu panaca. — Professor Charles Smart."
Então, sim, leia, se você gostou do primeiro, vai gostar do segundo, embora demore mais para ler, seja um pouco desgastante em algumas partes, monótonos. Mas, ei, mónotono ou não, eu quero o terceiro livro!
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