Livro #183: A verdade sobre amores e duques
Henry Cavanaugh, duque de Torquil, anseia por uma vida ordenada e previsível. A única que o ajuda com isso era a mãe... até ela se apaixonar por um artista e decidir seguir o conselho amoroso de Lady Truelove, largando tudo para seguir os desejos do coração. Agora Henry vai exigir que a mulher mexeriqueira que deu aquele conselho imprudente o ajude a impedir que o nome da sua família acabe na lama. Irene Deverill é o que a sociedade londrina considera uma ovelha negra: dirige o jornal da família, é uma solteirona e tem orgulho disso! Mas ninguém sabe que ela possui um grande problema nas mãos: o duque de Torquil demanda que ela o ajude a resolver os problemas da sua família. Esse relacionamento forçado fará despertar nela sentimentos que nunca pensou possuir. (Skoob)
GUHRKE, Laura Lee. A verdade sobre amores e duques. Querida conselheira amorosa... #1. Harlequin Books Brasil, 2018. 320 p.
"Não importa o que diga, ou como queira definir o sentimento, você a amava e, para mim, o amor nunca é um erro, mesmo que traga dor ou que não dure."
O livro conta a história de Herny, duque de Torquil, e de Irene Deverill, uma jovem solteirona, dona e editora de uma revista de fofocas e sufragista. Toda a relação existente dentre eles está nisso, nas fofocas da alta sociedade, até que Lady Truelove, pseudônino de Irene, que é uma colunista de conselhos amorosos, responde uma carta de "uma lady da sociedade", que é a duquesa de Torquil, mãe de Henry, querendo saber o que é melhor: fazer o que a sociedade espera e considera "certo" ou seguir seu coração?
Lady Truelove, sempre a favor do amor, sugere seguir o coração.
O duque de Torquil, não gostando nenhum pouco disso e do fato de sua mãe querer se casar com um salafrário sem nenhum título, que só quer o dinheiro dela, vai atrás de Irene e dá uma escolha de Hobson a ela, que é fazer a duquesa mudar de ideia ou ter seu único sustento arruinado e ela inserida na sociedade como uma lady.
Sem realmente uma escolha, Irene se muda para a casa do duque de Torquil, para ter mais oportunidade de convencer a duquesa... e aproxima-se de Henry Cavanaugh, o duque de Torquil.
"Como o senhor, ou meu pai, aliás, poderia pensar que este mundo, em que roupas são mais importantes que a bondade e a conveniência é mais valorizada que o amor, é um mundo no qual eu um dia iria querer viver?"
Uma nota para Oscar Wilde, por favor. Eu nem o conheço direito e foi uma surpresa encontrar uma referência a uma de suas peças, porque o livro que eu li antes desse foi o único feito por esse autor. É uma daquelas observações que não muda em nada a vida, mas te deixa feliz, porque eu entendi a referência e poderia ter perdido ela, ter pensado que era mais um nome inventado e não era.
Ainda no clima O retrato de Dorian Gray, acho que eu esperava uma linguagem mais... formal. Não é que esse livro teve coloquialismo, mas cadê as conversas em segunda pessoal? Cadê os tu e os vós? Cadê a tradução do que estava sendo dito? Obrigada por não ter nada disso, Laura Lee Guhrke!
Enfim, de volta ao livro em questão.
Fazia tempo que eu não lia um romance de época e quando vi a oportunidade de ler A verdade sobre amores e duques a agarrei. Como não, com essa capa maravilhosa? Eu não sou muito fã com pessoas na capa, mas essa está linda. E o livro foi bom, embora não surpreendente. É um livro leve, fácil de ler; a única coisa desanimadora é que nem tem muita ambientação da época, eu senti como se estivesse lendo um livro que se passa agora, no final do século XX, e eu esperava algo mais bem trabalhado em relação a isso. Eu esperava me sentir lá, naquela Londres, mas bem que poderia ser essa Londres de agora mesmo.
"- Você quer mudar o mundo, querida - acrescentou, sorrindo com tanta ternura que o momento de apreensão de Irene se esvaiu. - E estou acostumado demais em me contentar com o mundo do jeito que ele é."
Fora isso, não houve nenhum outro problema, contudo também não tem nada digno de nota, nada que me fizesse ficar maravilhada e querer falar dele para todos e recomendar, não foi um livro que eu não consegui parar de ler por um segundo que fosse. É um bom livro, só que não tem aquele aprofundamento nos personagens e aqueles detalhes pequenos que me fez apaixonar-me por eles. Foi apenas mais um livro, mais alguns personagens, e quando você está lendo não é ruim, é uma distração bem vinda, mas também não me dá um monte de assunto para falar dele agora e aumentar essa resenha.
A verdade sobre amores e duques é um daqueles livro que, quando você termina, você termina. Eu terminei a história e não fiquei pensando sobre ela depois, numa ressaca literária e num profundamente questionamento de "por que você tinha que acabar?!". Se você procura um bom livro para ler, sem que te prenda depois, seja bem vindo.
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