"-Isso soará estranho, Billy, mas há algum tempo venho pensando na Royal Ballet School.
-Você não é um pouco velho, senhorita?
-Não, não eu ... você! Eu sou o maldito professor!"

Eu não sei em qual tempo se passa a história, ela podia muito bem ser atual, porque até hoje você encontra pessoas que acredita que balé são para meninas e que meninos que dançam, gostar de dançar balé, são homossexuais, querem ser mulheres... É tanto preconceito, machismo, que nem parecemos que estamos no século XXI, é como se ainda estivessmos lá em quem-sabe-onde, usando mais saias do que aguentamos chutar com as pernas e queimando mulheres inocentes nas fogueiras, de preferências as ruivas porque elas são bruxas. Quem mais teria aquela cor alarmante no cabelo? Bruxas que queriam combinar com as fogueiras enquanto gritavam! Obviamente...

O filme trás reflexões quanto a essa divisão entre os sexos, sobre o que é de garota e garoto e sobre deixar as crianças escolher, e ainda tem um certo clima político, porque mostra uma greve de mineiros e como eles são forçados a escolher entre buscar uma condição melhor para sua família estando em greve ou trabalhar para alimentá-la, bem como o abuso de poder por parte dos policiais.

"Eu não quero ter uma infância, eu quero ser bailarino."

Enfim, o filme de Billy Elliot, em Billy Elliot, o que eu mais gostei foi a simplicidade dele e as reações das crianças, elas são todas inocentes e puras e tem frases maravilhosas e uma linha de pensamento que só me fez rir. Mal posso esperar pelo livro, porque é baseado nele, e eu acredito que a história seja contada pela visão de Billy.