Livro #280: O Guia do Mochileiro das Galáxias

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Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. 

Douglas Adams | O Guia do Mochileiro das Galáxias | O Guia do Mochileiro das Galáxias #01 | Sextante | 204 | 208p.


Sabe um livro que você ler do começo ao fim com alegria, com um sorriso de satisfação e diversão no rosto? Foi esse aqui. Finalmente, pude entender porque essa série é um clássico, porque o enredo, a narração, os acontecimentos... isso que é um livro!

Em O Guia do Mochileiro das Galáxias, Douglas Adam usa e abusa da realidade para tirar sarro do que achamos que é normal (e é), mas também é absurdo, numa trama de ficção científica que aborda, dentre outras coisas, o sentido da vida, contando para isso com a destruição iminente da Terra numa quinta feira, uma carona clandestina, burocracia e mais burocracia, um robô de personalidade humana-depressiva, e improbabilidade mais do que improváveis que se tornam prováveis.

Ah, e não vamos esquecer que finalmente descobrimos porque (por quem) a Terra foi criada... ou talvez não. 

E nossa, que combinação mais que perfeita.

O enredo é do tipo sem sentido que tem todo o sentido, ainda mais quando se viaja numa nave de improbabilidade ao quadrado, que torna tudo provável. E a narração sem sentido, que debocha do sem sentido... faz a pessoa devorar o livro e querer a continuação para ontem.

E o que falar dos personagens? Marvim, o robô anteriormente citado, é o ponto alto, sem dúvida. Meu segundo preferido foi Zaphod Beeblebrox, porque tem aquela pegada anti-herói que amo e que é ao mesmo tempo (e alternadamente) muito inteligente e um idiota.

Mas o que torna a história inesquecível é a crítica contra a sociedade de uma forma leve, sarcástica e astuta. E que venha O Restaurante no fim do Universo!

Livro participante do #DLL20 na categoria "que você ganhou".

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