Livro #64: O Hospital Hostil - Desventura em Série 8
O Hospital Hostil
Título: O Hospital HostilAutor: Lemony Snicket
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 232
Ano: 2004
Sinopse: Um período especialmente infeliz se anuncia nas vidas aflitivas de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire. Durante uma tenebrosa e exaustiva caminhada noturna, eles param diante do Armazém Geral Última Chance e decidem entrar para pedir ajuda.Eles não podem recorrer aos pais (pois os perderam num incêndio), nem à polícia (que estava entre seus perseguidores noturnos), tampouco a conhecidos (pois os irmãos têm conhecidos demais, o que é quase o mesmo que não ter nenhum). Violet, Klaus e Sunny resolvem passar um telegrama para o sr. Poe, ele nunca se mostrou especialmente eficaz, mas pelo menos ele não era cruel, não tinha sido assassinado nem era o Conde Olaf, e essas parecem ser razões suficientes para contatá-lo.
Acusados injustamente por um assassinato que não cometeram, os Órfãos Baudelaire fogem da cidade C.S.C, Cultores Solidários de Corvídeos, e param no Armazém Última Chance, cansados de tanto andarem. Eles tentam mandar um telegrama para o Sr. Poe contando toda a verdade sobre o que aconteceu com Jacques Snicket e que Conde Olaf ainda vive e é o culpado (mais uma vez), contudo eles não recebem nenhuma resposta.
”Entre todas as expressões ridículas que as pessoas usam — e as pessoas usam uma enorme quantidade de expressões ridículas —, uma das mais ridículas é ‘A falta de notícias é uma boa notícia’. A questão é que não existe meio de saber por que alguém não entrou em contato com você, até que entre em contato com você e se explique. Por essa razão, o sensato seria dizer: ‘A falta de notícias não é notícia’, a não ser pelo fato de que a expressão é tão óbvia que dificilmente se poderia chamá-la de expressão.”
O dono do armazém ao receber a edição d’O Pundonor Diário vê as fotografias dos Baudelaire e acredita no jornal, forçando as crianças a fugir e entrar em um ônibus junto com voluntários (do mais novo) C.S.C. Dessa vez a sigla significa Combatentes pela Saúde do Cidadão, em que os combatentes viajam para hospital, espalhando alegria. Somente alegria, pois só ela é capaz de curar. Remédios são coisas do passado.
O hospital para onde eles vão é o Hospital Heimlich, que foi construído apenas em 2/3, tendo metade dele incompleto. Lá, eles se voluntariam para trabalhar na Biblioteca de Registros, um local onde diversas informações são guardadas, e viram auxiliares de Hal, um velho com sérios problemas de vista, que afirma já ter visto os rostos deles em algum lugar, com alguma coisa relacionada a Fogos Snicket.
“Às vezes, a informação que você precisa não está no lugar mais óbvio. “
Apesar das três crianças tentarem saber mais sobre isso, Hal não se lembra e os proíbe de xeretar pelas gavetas, possuindo a única chave do local. Enquanto tentam bolar um plano para conseguir isso, os Baudelaire dormem na parte abandonada do hospital ate que se veem forçados a fazerem coisas que forçam suas integridades morais.
Conde Olaf aparece só de passagem, embora sua voz reproduza-se pelas caixas de som do hospital, dando a Esmé o papel da grande vilã, perseguindo os órfãos, sequestrando Violet e não reconhecendo Klaus ou Sunny, que se vêem sendo os únicos que podem salvar a irmã mais velha.
“Estou sozinho esta noite, e estou sozinho devido a um cruel capricho do destino, uma frase que aqui significa que nada aconteceu do modo como pensei que aconteceria. (...) sinto-me como se a minha vida inteira não tivesse sido nada mais que uma peça deprimente, apresentada apenas para a diversão de alguma outra pessoa, e que o dramaturgo que inventou a minha cruel reviravolta do destino está em algum lugar muito acima de mim, rindo a mais não poder com a sua criação.”
Nesse livro, os Baudelaire pela primeira vez não tem realmente nenhum tutor e estão completamente sozinhos em um lugar estranho. D’O Hospital Hostil em diante, os papeis trocam e as crianças são os que usam disfarces, levantando a grande questão: o que torna uma pessoa má?
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