Livro #12: Emperor of Thorns - Trilogia dos Espinhos 3
Emperor of Thorns
Título: Emperor of Thorns
Autor: Mark Lawrence
Editora: DarkSide
Paginas: 528
Ano: 2014
Sinopse: O mundo está dividido e o tempo se esgotou completamente, deixando-nos agarrado aos dias finais. Estes são os dias que nos esperaram por todas as nossas vidas. Estes são os meus dias. Eu vou estar diante da Centena e eles vão ouvir. Vou tomar o trono, não importa quem está contra mim, se vivo ou morto. E se eu devo ser o último imperador, farei disso um final e tanto.
Em Emperor of Thorns, ultimo livro de uma trilogia que comecei a ler sem nenhuma expectativa, temos o que esperávamos desde que conhecemos o Príncipe Honório Jorg Ancrath: a votação que ira definir quem governara o Império Destruído. Quem irá ser o Imperador?
“Há caminhos difíceis e há os caminhos mais difíceis.”
Seguindo o estilo dos livros anteriores, vamos do presente ao passado intitulado ‘Cinco anos atrás’, e nesse também temos uma narração bônus, sendo essa agora sobre a perspectiva de Chella, ao invés da tia Katherine, e denominada ‘A Historia de Chella’. (Prefiro Chella à titia...)
O passado (fugindo dos sempre quatro anos atrás) nos mostrou o que aconteceu quando Jorg estava nas terras do seu avô materno, a Costa Equina; como ele conseguiu a arma que tirou a vida de Egan; e como foi a primeira votação da Centena que ele participou tendo apenas 16 anos e Renar sobre o seu domínio.
No presente, Jorg, em seu aniversario de 20 anos, vai à Vyene, a maior cidade de todos os reinos, para a Centena, conferência que acontece a cada quatro anos para decidir o Imperador. Depois que venceu Orion/Egan, todas as terras que ele tinha passaram a pertencer a Jorg, por cada uma em seu domínio, ele tem direito a um voto e o poder de levar um conselheiro.
No meio da viagem, algumas coisas acontecem, porque nada com Jorg é do jeito mais fácil. O Rei Morto começa a andar sobre a terra, destruindo tudo e todos ao seu redor, querendo também ser o Imperador. (Você pode até não acreditar, mas eu já sabia quem era o Rei Morto desde o segundo livro sem spoiler. Ninguém me disse nada e eu adivinhei. Eu juro!) Percebi muitas insinuações a quem era o Rei Morto que só fizeram minha certeza de está certa aumentar.
“Há verdades que você sabe, mas não diz. Nem para si mesmo, no escuro, onde estamos todos sós. Há lembranças que você vê, mas não vê. Coisas separadas, que se tornaram abstratas e desprovidas de significado. Algumas portas, quando abertas, não podem ser fechadas de novo.”
Achei esse o livro que me fez menos desejar virar a pagina, poucas coisas acontecem durante a viagem, algumas explicações a respeito da magia/ciência, dos Construtores, do que ouve no Dia dos Mil Sois foram dadas, contudo não houve muitas lutas. Teve sangue derramado? Teve, mas não o tanto que eu esperava já que estamos falando de Jorg. Apenas na reta final, já na Centena, é que senti uma emoção, o desejo de virar o capitulo, de saber mais, querer mais.
“Ouvir dizer que os Construtores pegaram o que era real, antes de incendiarem o mundo, e mudaram. Tudo. Eu, você, o mundo, o que é real. Eles fizeram o mundo ouvir um pouco mais o que está nas cabeças das pessoas. Eles tornaram os pensamentos e os medos importantes, fizeram com que eles pudessem mudar o que está a nossa volta.”
Jorg foi de Príncipe de Ancrath a Rei de Renar, de criança sociopata a adulto sociopata, acompanhamos sua luta por vingança e sede de poder desde... Que foi jogado nos espinhos ou mantido lá? Apesar de está mais maduro, com 20 anos, a personalidade de Jorg não mudou muito, ele diminuiu as matanças sem motivos e por prazer, tomou consciências por suas ações, mas continua não se importando... (Por que eu o amo mesmo?)
“Um homem que não pode fazer sacrifícios já perdeu antes de começar. Houve um tempo que eu podia despender a vida daqueles a minha volta sem me preocupar. Agora, às vezes, eu me importo. Às vezes dói. Mas isso não significa que eu não possa e não vá sacrificar absolutamente tudo, em vez de permitir que isso me domine, em vez de fazer com que seja um modo de perder.”
Outra coisa que não gostei foi que a historia foi muito focada em Jorg, não descobrir nada vital sobre nenhum outro personagem, apesar de também ser contada por Chella. Chella saiu uma personagem melhor do que Katherine. E não teve tantas partes da Miana quanto desejei. Ela é a personagem que mais gosto, depois de Jorg é claro. Ela é forte, tem opinião, não deixa seu marido enganar-la ou ser dobrada ao seu capricho.
“Nunca é uma boa ideia provocar uma mulher perto de dar a luz e raramente era uma boa ideia provocar Miana em qualquer circunstância, a menos que queira uma resposta pior do que a que você já deu.”
As profecias que deram, os números mágicos também, foi o que me fizeram ficar pensando, até no final teve algumas coisas que fiquei sem saber quem era, o que era. No segundo livro, o matemágico diz a Jorg que três pessoas o amarão e, nesse livro, ele diz que duas mulheres possuirão seu coração. Quem são elas? Não entendi muito bem. (Se alguém quiser me dizer, estou à disposição...)
Eu sabia o que iria acontecer (recebi muitos spoiler), mas tenho que bater palmas pelo autor ter me surpreendido. Não esperei por esse final. E tenho que concordar com a opinião do autor, ele foi corajoso, Mark pode se arrepender (e ter perdido uma fortuna) e ter nos feito odiá-lo um pouquinho, entretanto não podemos reclamar do final e da razão do autor quanto a isso. Ele está certo. Espero que Jorg venha a aparecer em outros livros, Mark pode não querer
lançar um quarto livro e tornar Trilogia dos Espinhos em Saga dos Espinhos, mas quem sabe um complemento?
Por favor...
Citações do livro.“Para tudo há o tempo certo. Tempo de nascer. Tempo de morrer.”
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