Livro #13: Half Bad - Meia Vida 1

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Half Bad


Título: Half Bad
Autora: Sally Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Ano: 2014
Sinopse: Nathan, filho de uma bruxa da Luz com o mais poderoso e cruel bruxo das Sombras. O adolescente vive com a avó e os meios-irmãos e é visto como uma aberração por seus pares. O Conselho dos Bruxos da Luz vê nele uma ameaça, que precisa ser domada ou exterminada. Prestes a completar dezessete anos, época em que todos os bruxos passam por uma cerimônia em que seu dom é finalmente revelado, bem como sua denominação como bruxo da Luz ou das Sombras, Nathan terá que correr contra o tempo para achar o pai, que jamais teve oportunidade de conhecer, e salvar a própria pele.

 “A historia é contada pelos vencedores, dizem. E Nathan, infelizmente não é um deles.”
 
Half Bad pode ser traduzido como Meio Mau e traz a historia de Nathan, o filho de uma bruxa da Luz com o mais perigoso e cruel bruxo das Sombras. (Por isso o nome?) Temido por todos por quem seu pai é e pelo que ele próprio poderá ser, Nathan vive/vivia uma vida isolada, descriminado e maltratado por quase todos, inclusive por sua meia irmã Jessica.
O primeiro capitulo me fez imaginar que tinha acontecido um incêndio, alguém morreu e Nathan foi culpado (isso mesmo, delírios de uma leitora), com esse inicio que me fez ficar paranoica fui apresentada logo depois a uma jaula. É, muito louco. Não existe uma ordem cronológica definida nessa historia, indo do passado para o presente, sabemos quem Nathan é e o que aconteceu para está ali.

“O truque é não se importar. Não se importar com a dor, não se importar com nada. O truque de não se importar é fundamental. É o único truque da cidade. Só que não é uma cidade. É uma jaula. (...) É uma jaula de um truque só.”

Numa Inglaterra atual, bruxos e humanos coexistem no mesmo local, sem que os últimos saibam da existência dos primeiros. (Muito original...) Os bruxos são divididos entre os da Luz, das Sombras, os meios-sangues, nome atribuído apenas para quem é metade bruxo e metade humano, e os meios-códigos, classe que Nathan pertence solitário. Quando os Brux, bruxos menores de 17 anos, chegam à maioridade, eles devem passar por uma Atribuição em que três presentes são dados e o sangue de um antepassado oferecido para beber (tipo vampiro?), e eles ganham um dom.
Por meios de notificações feitas exclusivamente para Nathan, o Conselho dos Bruxos da Luz informa que todos os meios-códigos (Nathan) não podem fazer um monte de coisa: ter contato com outros bruxos, saírem de suas casas ou passar pela Atribuição sem permissão. Entretanto, se um bruxo da Luz não receber os presentes e o sangue, eles terão que passar sua vida como Félix, que é como os humanos são chamados, sem poder usar magia. Mas, no caso dos bruxos das Sombras, algo pior acontece, eles morrem.

“Tenho que provar a todos, o tempo inteiro, que sou da Luz, que sou totalmente leal a Luz e que meus pensamentos são puramente de Luz.”

E o que aconteceria com Nathan? Ele não é nem um nem outro, embora diversos fatores mostram que seu corpo é das Sombras. Entretanto não é apenas por isso que o Conselho o observa tanto, ele é uma isca para seu pai Marcus que quase nunca deixa um sobrevivente quando visto, além de fazer parte de uma visão em que o assassina. E Marcus sabe disso.
Estou sofrendo no momento por uma fase onde o protagonista nunca termina com quem eu quero, não sei que sorte infeliz é essa que tenho. Não gosto de Annalise. Primeiro: não sei se ela é ou não uma espia, e se ela não for, a achei fraca. Em compensação, todos os outros personagens me agradaram, começando pelo protagonista, como vocês já devem ter percebido, ele é forte psicologicamente e um ótimo saco de pancadas. Depois vem Gabriel, nunca parando de sorrir. Será que é pedir demais que ele termine com quem ama?
Gostei de Half Bad por sua capa, de um lado branco e de outro preto com um rosto vermelho de perfil (só percebi depois). Admito que comprei por ela e continuou achando-a linda mesmo que as letras prateadas estejam saindo. Apesar de ter 300 paginas, terminei de ler o livro bem rápido, grande parte delas é composta por capítulos curtos que passam num instante. Além de que você está tão concentrada tentando entender as coisas no começo que não percebe o tempo indo embora, pois a autora vai da primeira pessoa para a segunda sem nenhum problema. No inicio, achei isso estranho e confuso, mas quando me adaptei ficou fácil de entender.
Infelizmente, encontrei muitas partes que me lembraram Harry Potter e eu sei que não tem como ler um livro sem se lembrar de outro, mas são coisas como apelidos dados aos trouxas/Félix, um Beco Diagonal chamado Cobalt Alley, é ruim ver referencias tão óbvias. E Nathan é praticamente o filho de Voldermort!

“O mais legal em sentir ódio é que ele elimina todo o resto, de modo que nada mais importa. Então o velho truque é fácil.”

O que mais gostei foi que Sally escreveu uma historia onde não existem pessoas boas, os bruxos da Luz são ruins e os da Sombra pior ainda. Amo historias onde trazem isso de bem e mal, que nos fazem questionar as coisas. E essa nos faz. Ela nos fala sobre diversos preconceitos (étnicos, sexuais, sociais) em apenas um livro e de forma implícita, Sally não gritou ao mundo sobre eles, mas não os escondeu.

Trailer
Citações do livro.
Resenha da continuação (Half Wild)

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