Livro #66: O Espetáculo Carnívoro - Desventuras em Série 9
O Espetáculo Carnívoro
Título: O Espetáculo CarnívoroAutor: Lemony Snicket
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 240
Ano: 2004
Sinopse: No princípio de mais um episódio funesto de suas penosas existências, Violet, Klaus e Sunny Baudelaire se encontram no porta-malas de um carro preto. Qualquer pessoa que não seja um pacote ou uma mala preferiria viajar confortavelmente instalado no banco do passageiro, mas os órfãos Baudelaire não têm escolha. Quando refugiaram-se no bagageiro desse carro sinistro, eles escapavam de uma situação ainda pior. As três crianças encontram-se na "barriga da fera", o que vale dizer que estão numa enrascada. Ao volante do automóvel está o ganancioso Conde Olaf, um vilão traiçoeiro que, desde que os Baudelaire perderam os pais num incêndio, vem perseguindo os três com o objetivo de se apossar da fortuna herdada por eles. Até aqui, felizmente, ele foi mal-sucedido. Além de se safar dessa armadilha, em O espetáculo carnívoro Violet, Klaus e Sunny Baudelaire terão de escapar do Parque Caligari e enfrentar uma multidão indócil. Tudo isso para tentar localizar o dossiê Snicket e decifrar a sigla C.S.C., que pode confirmar se um dos pais das crianças realmente sobreviveu ao terrível incêndio.
A única saída dos Órfãos Baudelaire para se salvarem do hospital em chamas foi entrar no porta-malas do carro do Conde Olaf, mas agora o carro está parando e o que era um esconderijo perfeito e uma rota de fuga, torna-se uma armadilha para eles. O Espetáculo Carnívoro começa desse ponto, com as três crianças presas num carro junto de um vilão e sua trupe vilanesca.
“Uma das coisas mais perturbadoras da vida é que aquilo que você quer ou deixa de querer não tem muito a ver com o que acontece ou deixa de acontecer. (...) Mas a triste verdade é que a verdade é triste, e que aquilo que você quer não importa.”
Quando o carro para no Parque Caligari para Olaf consultar Madame Lulu, uma vidente que sempre o ajuda, acertando a localização dos Baudelaire, os próprios decidem permanecer naquele lugar. Se ela sempre consegue achá-los, então poderia haver uma chance dela saber a localização do sobrevivente do incêndio na Mansão Baudelaire, não?
Disfarçando-se (tão bem quanto o Conde, se não melhor) para descobrir mais sobre isso, as crianças decidem fingir serem aberrações para participar da Casa dos Monstros, onde só tem pessoas únicas. Violet e Klaus dividem a roupa e transformam-se numa pessoa de duas cabeças, chamadas de Beverly e Elliot, e Sunny vira Chabo, a Bebê Lobo!
"Você pode achar que ser humilhado é como andar de bicicleta ou decifrar mensagens em código, coisas que ficam mais fáceis depois que você já passou por isso algumas vezes, mas aquela não era a primeira vez que insultavam os Baudelaire, e isso não tornou a experiência na Casa dos Monstros nem um pouco mais fácil."
Tem várias coisas que Lemony solta na história e você só percebe depois de reler. (Falo por experiência própria, eu só os percebi agora, depois que terminei a série) E é algo incrível esse domínio sobre a historia que ele tem, além de sua escrita que continua mórbida, reflexiva e hilariante, algo que amo, os segredos que envolvem C.S.C estão sendo revelados aos poucos. Afinal, o que significa essa sigla que parece persegui-los a todo canto assim como o desenho de um olho?
“Existem muitas coisas no mundo que são difíceis de esconder, mas um segredo não é uma delas.”
O tema que Lemony abordou nesse livro são as diferenças, o quanto o preconceito é algo idiota. Todos somos diferentes, ninguém é igual a ninguém. Contudo, infelizmente, existe pessoas idiotas na sociedade. Outra coisa que foi acrescentada na historia é a barreira que separa o bem e o mal. Será que nossos infelizes e desafortunados órfãos estão atravessando-a?
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