Livro #101: Half Wild - Meia Vida 2
Half Wild
Título: Half WildAutora: Sally Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 332
Ano: 2015
Sinopse: Na Inglaterra, onde duas facções rivais de bruxos dividem espaço com os humanos, Nathan é considerado uma abominação. Além de ser um mestiço — filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras —, seu pai, Marcus, é o bruxo mais cruel e poderoso que já existiu. Nesse mundo dividido entre mocinhos e vilões, não ter um lado é pecado. E Nathan não pode confiar em ninguém. Em Half Wild, após descobrir seu dom mágico, mesmo sem ainda conseguir controlá-lo, Nathan se une aos rebeldes da Luz e das Sombras de toda a Europa para derrubar Soul, líder tirânico do Conselho, e os caçadores, cujo domínio se espalhou para além da Inglaterra. O Conselho de bruxos da Luz continua em sua cola e não vai parar até ele ser capturado e obrigado a matar o próprio pai, cumprindo a profecia. Nathan vai precisar encontrar um modo de conviver com seu lado selvagem, descobrir quem são seus verdadeiros aliados e, principalmente, quem é seu verdadeiro amor.
Estava lendo uma resenha quando vi uma revelação que me deixou ansiosa para ler (eu realmente quero contar, mas seria spoiler). Na primeira vez que peguei no livro só passei os olhos pelas paginas, não gostei e deixei de lado. Contudo depois de ter lido A Resenha, eu quis ler O Livro (especialmente essa parte especifica!) e aqui está A Minha Resenha.
"A pessoa só é boa quando faz o bem em situações difíceis, não nas fáceis. Sua mãe era uma boa pessoa.”
Confuso e desorientado, Nathan acorda numa clareira sem saber o que aconteceu, o que está acontecendo... Depois de ter roubado a Fairborn, e tê-la perdido, de Rose ter morrido, ele vai para o ponto de encontro que tem com Gabriel e o espera e espera e espera. As semanas passam e nada do seu melhor amigo.
Quando Nathan já esta quase desistindo, após um mês, um homem aparece na caverna dizendo que Gabriel o mandou para pegar as cartas que ele guardou ali, como forma de agradecimento por Van, uma bruxa das Sombras, tê-lo salvado. Não confiando nem um pouco nele, e não entregando a coisa mais valiosa de Gabriel, Nathan o acompanha. Porque Van também tem a Fairborn. E ela está com Gabriel! (Precisa demais? Ela está com Gabriel!)
“Tive certeza de que você estava morto. Não tive dúvidas. Eu chorei. Chorei muito, Nathan. E tinha essa ideia de que encontraria seu corpo, abraçaria bem apertado e nunca mais largaria, nunca. Ficaria com você, passaria fome, mas pelo menos morreria abraçado a você. Eu achava que era tudo o que me restava. (...) Vou ficar com você para sempre. Não importa aonde você vá. Não quero estar em outro lugar. Eu não aguentaria ficar em nenhum outro lugar.”
E, nesse mês recluso da sociedade, vivendo na floresta, muitas coisas mudaram. A principal delas é que bruxos da Luz e das Sombras se uniram e formaram uma aliança para derrubar o governo do novo líder do conselho, Soul. E eles querem Nathan como soldado.
E Van faz uma oferta irrecusável a ele, que, em troca pelo alistamento dele, ela irá dá-lo a Fairborn, ajudará Gabriel a voltar ao seu corpo de bruxo e a recuperar Annalise de Mercury, alem de libertá-la do seu sono da morte.
“(...) o plano é idiota, uma porcaria que nunca vai funcionar. (...) Mesmo assim, eu não deveria me preocupar com isso. Afinal de contas, todo mundo um dia morre.”
Como em Half Bad, a escrita de Sally Green é... confusa, inovadora; e eu sempre me surpreendo pela maneira que ela coloca de lado (despreza?) as regras ortográficas. Eu meio que gosto do livro todo bonitinho e tal, mas também adorei isso, pois me faz senti-me no personagem. Na confusão que é a cabeça de Nathan e no positivismo que ele tem. Nathan lidera em pensamentos positivos e eu amo isso. E as piadas sobre ele ser filho de você-sabe-quem também (apareceu só uma vez, mas eu peguei).
“Se você parar para pensar, pensar positivo é uma coisa bem doentia.”
Li resenhas que diziam que o beijo de Gabriel e do Nathan (ops, não conseguir aguentar) eram sem sentido, que a autora apenas jogou na história para causar uma reviravolta, mas eu não achei isso. Sim, ela fez com essa intenção.
Mas Nathan sente algo pelo Gabriel, caso contrario não existiriam dois beijos. (Dois beijos! Hurru! #TeamGabriel! #TeamGabriel!). Não que eu tenha gostado dos dois, porque, no segundo, Nathan usou Gabriel para ficar em paz, mas também foi um beijo de autoconhecimento. Nathan se apaixonou pela Annalise porque ela foi a primeira pessoa fora da sua família que o tratou bem; ela era tudo o que ele não era e queria ser; ela foi tudo que ele teve até Gabriel, e Nathan não sabe se pode ou não querer alguém além dela.
“-Não sabia que você era tão frouxo. (...)
-Eu não sou frouxo.
-É sim, mas não se preocupe. É uma das coisas de que gosto em você.”
Todos sabem quem eu shippo nesse livro, Annalise só traz desgraças. (Alguém gosta dela?!) Amar alguém é conhecer todos os lados de uma pessoa e aceitá-lo, Annalise ignora o lado das Sombras de Nathan, mas ele não é bom ou mau, é apenas uma pessoa, é apenas um menino (estou pensando em Carry On, referência a Carry On). E Gabriel conhece Nathan muito bem, é quem o melhor conhece, tanto as características boas quanto as ruins, e ele continua o amando.
“Nada disso significa que você é mau, Nathan... (...) Sei que isso pode não servir de conforto agora, mas o animal age por instinto. Um animal não é maligno, não é bom nem mau. (...) Acho que o que ele quer é sobreviver. Ele não é mau, Nathan.”
Segundo livro quase nunca chega aos pés do primeiro e do ultimo, infelizmente. É quase sempre enrolação para uma continuação e, em parte, Half Wild (Meio Selvagem) foi isso, com poucas cenas emocionantes e detalhadas. Mas quem se importa com detalhes quando tem o direcionamento para o shipp mais esperado? Gabriel é o bruxo das Sombras mais adorável que existe. Ele é muito fofo, cara, e eu o quero com o Nathan. Que venha o ultimo livro com mais cenas, e um final, (de que adianta cenas se não acabarem juntos?) com esses dois felizes! (E, quem sabe, Annalise esteja morta!)
Citações do livro.
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