Em uma sombria e fascinante história, as mais queridas princesas dos contos de fadas são reinventadas de maneira brilhante pelo inglês Neil Gaiman e o ilustrador Chis Riddell. Em A Bela e a Adormecida, uma jovem rainha é informada, na véspera de seu casamento, sobre uma estranha praga que assola as fronteiras do seu reino, um sono mágico que se espalha pelo território vizinho e ameaça os seus domínios. Na companhia de três anões, a rainha abandona o fino vestido da festa, pega sua espada e armadura e parte pelos túneis dos anões para o reino adormecido. Uma viagem repleta de ação e suspense que leva a uma surpreendente descoberta. Misturando o conhecido e o novo com perfeita sintonia, Gaiman cria mais uma obra repleta de magia e aventura capaz de hipnotizar o mais exigente dos leitores. (Skoob)
As vésperas do casamento da Rainha, três anões vão atrás de um presente digno de Vossa Majestade, contudo acabam descobrindo que o reino vizinho está sobre uma maldição do sono há mais de 80 e menos de 100 anos, e que, ao que tudo indica, ela está avançando. Prevendo que a maldição que um dia ela sofreu atacará seu reino se nada for feito, a Rainha (provavelmente Branca de Neve?) decide adiar o casamento e partir numa jornada até o local em que a princesa (talvez a Bela Adormecida) dorme, para acordá-la do seu sono eterno com um beijo.
Uma imagem fala mais de mil palavras? Não, não é verdade. O fato da história apresentar duas personagens de contos de fadas num beijo trouxe certa repercussão quando foi lançando. Eu lembro de ouvir que isso não era história para criança, que estavam sexualizando as princesas de contos de fadas e afins. Eu li em parte (depois de tanto tempo) por curiosidade, para saber como a Branca de Neve e a Bela Adormecida, essas duas histórias diferentes (embora não muito, porque ambas foram envenenadas e dormiam um sono eterno até ser acordada por um beijo) iriam se misturar, e...
O romance não é o foco de A Bela e Adormecida, nem de longe. O beijo foi apenas... circunstancial. Alguém precisava beijar a princesa e que tipo de rainha ela seria se não fizesse o que precisava ser feito?
Uma imagem fala mais de mil palavras? Não, não é verdade. O fato da história apresentar duas personagens de contos de fadas num beijo trouxe certa repercussão quando foi lançando. Eu lembro de ouvir que isso não era história para criança, que estavam sexualizando as princesas de contos de fadas e afins. Eu li em parte (depois de tanto tempo) por curiosidade, para saber como a Branca de Neve e a Bela Adormecida, essas duas histórias diferentes (embora não muito, porque ambas foram envenenadas e dormiam um sono eterno até ser acordada por um beijo) iriam se misturar, e...
O romance não é o foco de A Bela e Adormecida, nem de longe. O beijo foi apenas... circunstancial. Alguém precisava beijar a princesa e que tipo de rainha ela seria se não fizesse o que precisava ser feito?
“-Sinto dizer, mas não haverá casamento amanhã – declarou a rainha.
Ela mandou buscar um mapa do reino (...).
Ela mandou buscar o primeiro-ministro (...).
Ela mandou buscar o noivo, pediu-lhe que não fizesse cena; disse que ainda se casariam, mesmo ele sendo apenas um príncipe, e ela, uma rainha, e fez cócegas no belo queixo dele, e beijou-o até que ele abrisse um sorriso.
Ela mandou buscar a cota de malha.
Ela mandou buscar a espada.
Ela mandou buscar mantimentos e o cavalo, e em seguida cavalgou palácio afora, em direção ao leste.”
Esse pequeno livro – um conto, talvez? – traz questões simples sobre suas escolhas e é recomendado para qualquer público. Você pode ler para se distrair ou se aprofundar na história e tentar tirar uma moral dela (apenas fábulas têm moral, mas tudo bem).
Se você for tirar uma história dessa história, as histórias são variáveis, você pode escolher qualquer caminho. Siga em frente e escolha fazer o que quer, seja certo ou errado, e descubra que quando você decide escolher e ignorar a opinião dos outros, fica mais fácil; vire para o outro lado e encontre o que as pessoas estão dispostas a sacrificar para ser a melhor, o que estão dispostas a fazer, pois em A Bela e a Adormecida, somos apresentados a Bela e a Adormecida e as duas não são a mesma pessoa, a Bela Adormecida não é bela e nem está adormecida.
“Eles tinham nomes, os anões, mas não era permitido aos seres humanos conhecê-los, sendo tais coisas sagradas. A rainha tinha nome, mas, ultimamente, as pessoas só a chamavam de Vossa Majestade. Os nomes estão meio em falta nesta história.”
Criticando os contos de fadas, em que garotas precisam ser resgatadas, em que príncipes beijam princesas, em que o amor verdadeiro é o antídoto, em que pessoas belas são heroínas, Neil constrói uma narrativa diferente de tudo que já li. A Bela e a Adormecida é uma história simples, direta e inovadora. Ela nos apresenta a um reconto misturado de a Branca de Neve e a Bela Adormecida, em que nada é como parece.
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