Criatividade S.A.
Titulo: Criatividade S.A.Autores: Ed Catmull e Amy Wallace
Editora: Rocco
Páginas: 320
Ano: 2014
Sinopse: Qual a fórmula do sucesso por trás de filmes adorados por multidões como Toy Story, Monstros S.A. ou Procurando Nemo? Em Criatividade S.A., Ed Catmull conta a trajetória de sucesso do mais importante e lucrativo estúdio de animação da atualidade, a Pixar, que ele ajudou a fundar, ao lado de Steve Jobs e John Lasseter, em 1986. Dos encontros da equipe às sessões de brainstorm, o autor conta a história da empresa que revolucionou a indústria de animação cinematográfica e divide com o leitor sua experiência na gestão de uma das mais bem-sucedidas companhias de criação do mundo, mostrando como se constrói uma cultura da criatividade, num livro definitivo para quem busca inspiração para os próprios negócios.
O livro é uma biografia interessante do criador da Pixar, Ed Catmull, de como foi difícil e interessante e inovador conseguir fazer o primeiro filme animado completamente por computador -Toy Story.
"Como diz Lee Unkrich: “Fizemos o impossível. Fizemos aquilo que todos diziam que não poderíamos fazer. E fizemos espetacularmente bem. Aquele foi o combustível que tem continuado a queimar em todos nós."
Contado de forma linear, apresentando superficialmente alguns pontos para se aprofundar depois nele, descobrimos o fascínio de Catmull quando criança pelo Maravilhoso Mundo da Disney, que Walt Disney mostrava periodicamente toda noite, seu sonho de fazer parte daquele mundo e sua incapacidade de desenhar, assim Ed Catmull decide fazer graduação em física (seu segundo exemplo após Walt era Albert Einstein) e pós-graduação em animação gráfica, um ramo ainda no inicio.
De posse de uma máquina grotesca e pré-histórica (para os padrões de hoje), a meta de fazer um filme totalmente gráfico era impossível de ser alcançada, mas, juntos com outros que compartilhavam do mesmo sonho, Catmull criou Pixar, uma subdivisão da Lucasfilm - empresa criada pelo autor de Star Wars - que passou por altos e baixos, quase que vendida muitas vezes e enfim comprada por Steve Jobs, mudando de setor e então mudando novamente para o original, e então fazendo o filme Toy Story um sucesso mundial.
"(...) a mudança irá acontecer, gostemos ou não. Algumas pessoas consideram eventos randômicos imprevistos como algo a ser temido. Para mim, a aleatoriedade não é apenas inevitável: ela faz parte da beleza da vida. Reconhecer esse fato nos ajuda a reagir de forma construtiva quando somos surpreendidos. O medo faz com que as pessoas busquem certeza e estabilidade, nenhuma das quais garante a segurança esperada. Eu adoto uma abordagem diferente. Em vez de temer a aleatoriedade, acredito que podemos fazer escolhas para ver o que ela é e deixar que trabalhe para nós. O imprevisível é o terreno no qual ocorre a criatividade."
Não vou entrar em detalhes de como tudo aconteceu, porque (basicamente) isso é o livro. Isso e as várias dicas que o autor dar de como agir diante de problemas e de como criar um local favorável a criatividade. E de que as pessoas precisam aceitar o medo e não estigmatizá-los, precisam de meta e estar sempre abertas para críticas produtivas.
Todavia, Criatividade traz informações aleatórias (talvez especifica sobre arte e ser humano?), que me fez pensar várias vezes sobre aquilo, do quão interessante era aquilo. Você sabia que a animação feita com computador é tão perfeita que os olhos humanos não se sentem confortáveis? Tiveram que criar "erros" por assim dizer para que pudéssemos aceitar o que víamos. Ou você sabia que não conseguimos desenhar algo igual ao que vemos, porque desenhamos nossa percepção sobre aquilo e não aquilo?
Outra coisa que gostei foi da apresentação de Steve Jobs na história. Você sabia (mais um você sabia) que Steve foi um dos fundadores da Pixar? Eu não. Já li diversas histórias que falava do arrogante Steve Jobs, entretanto essa foi a primeira que eu consegui ver que era real, que falavam de uma pessoa, com defeitos e qualidade como qualquer um, e não de uma maçã (apple) completamente podre.
"Para muitas pessoas, mudar de curso também é um sinal de fraqueza, equivalente a admitir que você não sabe o que está fazendo. Isso me soa particularmente bizarro – pessoalmente, acho que a pessoa que não consegue mudar de opinião é perigosa. Steve Jobs era conhecido por mudar de ideia instantaneamente à luz de novos fatos, e não sei de ninguém que o achasse fraco."
Ed diz que esse livro têm um público específico, concentrando-se em pessoas que dirigem outras, mas eu discordo. Qualquer um pode ler, mesmo que não seja um empresário ou um animador gráfico, porque é muito interessante, com vários fatos surpreendentes, que mostra que nada começa do nada, que você precisa de determinação para começar e terminar algo, e que o medo de errar é difícil de superar, mas erre e erre e erre, não tenha medo de errar, e então acerte.
Citações do livro.
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