Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Ano: 2011
Sinopse: Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no colégio que frequenta: desde a melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, que seria apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita, acaba sendo seu último — mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. Ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha vai tentar desvendar o mistério que envolve a própria morte – e, finalmente, descobrir o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder.
Sam morreu.
E morreu.
E morreu.
Repetidas vezes, Samantha Kingston se ver morrendo e caindo e acordando.
Para mais um dia, um dia que morrerá.
Novamente.
"Dizem que logo antes de morrer sua vida inteira passa diante de seus olhos, mas não foi assim comigo. (...) A questão é: você não tem como saber. Você não acorda com uma sensação estranha no estômago. Não vê sombras que não existem. (...) Se você é como eu, acorda sete minutos e 47 segundos antes do horário (...). Se você é como eu, seu último dia começa assim."
Não tem muito do que falar sobre a história. Todo dia é igual ao outro, todos são igual a ontem, quando ontem era quinta, menos Sam, porque repetidas vezes ontem e hoje e amanhã são o mesmo dia: sexta feira.
Primeiro, Sam não acredita. Depois, tenta fazer tudo diferente. Então não se importa. Então quer ser melhor. Então percebe que não tem diferença. Ela está morrendo e re-vivendo e isso continua acontecendo independente do que ela faça, de como se comporte, de quem queira ser.
"É impressionante como as coisas mudam com facilidade, como é fácil começar na mesma estrada que sempre pega e parar em um lugar novo. Um passo em falso, uma pausa, um desvio, e você acaba com novos amigos, uma reputação ruim, um namorado, ou um término de namoro. Nunca me ocorreu antes; nunca pude enxergar. E me faz sentir, estranhamente, como se todas essas possibilidades existissem simultaneamente, como se cada momento que vivemos contivesse milhares de outros momentos diferentes."
A escrita é... normal. Não é impressionante, não é poética, não tem nada de mais, é simples - bem, bem simples. E eu achei isso do livro: simples. Talvez por já ter assistido o filme é já soubesse de algumas coisas, o livro não me surpreendeu tanto quanto esperava. Tem algumas coisas que não colocaram no filme, mas a essência está lá - um livro é muito mais completo do que um filme pode ser. (Só não digo que foi a melhor adaptação que vi, que superou o livro, porque Como Treinar o Seu Dragão ganha de longe.)
Mais uma coisa que eu adorei do filme: a capa. De longe, a capa do filme (primeira vez!), eu achei mais bonita do que a original. Eu não gosto muito quando pegam o filme e fazem isso, propaganda ambulante, mas eu gostei disso.
Outra coisa: sabia que foi lançando em 2011? Como eu não li isso antes? Só soube por causa do filme. E eu adorei o filme. (Caso não tenha percebido: assista o filme.)
Mais uma coisa que eu adorei do filme: a capa. De longe, a capa do filme (primeira vez!), eu achei mais bonita do que a original. Eu não gosto muito quando pegam o filme e fazem isso, propaganda ambulante, mas eu gostei disso.
Outra coisa: sabia que foi lançando em 2011? Como eu não li isso antes? Só soube por causa do filme. E eu adorei o filme. (Caso não tenha percebido: assista o filme.)
"Acho que não tenho conserto — mas agora sei que estava errada. Todo mundo tem conserto; tem que ser assim, é a única coisa que faz sentido."
O livro é genial. É simples, como já disse, e você sente mal pela Sam por estar seguindo os outros (quem nunca?) e por às vezes ser aquela que guia, porque é isso que esperam dela (quem nunca?), você se identifica nela e entende e sente raiva por ela e pensa "por que?"
Não foi como quando eu li Quando tudo faz sentido, de Amy Zhang (melhor livro do ano passado), e eu... tipo, fiquei com raiva da protagonista que era uma valentona e entendi tudo que aconteceu com ela e... eu não sei explicar, só ficou uma pergunta na minha mente agora, terminado o livro e ainda pós-filme (uns seis meses depois): por que?
Por que isso está acontecendo? Por que isso continua acontecendo tantas vezes? Por que Samantha, logo ela, está presa nesse loop, condenada a esse sofrimento eterno? Samantha é uma vaca, essas poucas palavras podem descrevê-la, ela é popular, namora um cara desejável por muitas e tem amigas tão vacas quanto si. Mas isso é tão ruim? Isso a torna elegível a sofrer repetidas e repetidas vezes?
"Sei que alguns de vocês devem estar pensando que talvez eu mereça. (...) Mas antes que comece a me acusar, permita-me fazer uma pergunta: o que fiz foi realmente tão ruim? Tão ruim que eu merecia morrer por isso? Tão ruim que eu merecia morrer assim?
O que fiz foi realmente tão pior do que o que todo mundo faz?
É realmente muito pior do que o que você faz?
Pense a respeito."
É sobre isso que o livro é, sobre pensar a respeito do que você faz. Não no fato de que o que você faz tem consequência; que se você faz algo ruim, algo ruim acontecerá com você; tudo que vai, volta e tudo mais - mas que você vai fazer algo ruim sabendo que ele é ruim, independente do que aconteça com você?
0 comments