Livro #207: O que o sol faz com as flores
Da mesma autora de outros jeitos de usar a boca, best-seller com mais de 100 mil exemplares vendidos no Brasil. o que o sol faz com as flores é uma coletânea de poemas arrebatadores sobre crescimento e cura. ancestralidade e honrar as raízes. expatriação e o amadurecimento até encontrar um lar dentro de você. organizado em cinco capítulos e ilustrado por Rupi Kaur, o livro percorre uma extraordinária jornada dividida em murchar, cair, enraizar, crescer, florescer. uma celebração do amor em todas as suas formas. (Skoob)
O que o sol faz com as flores é a primeira pergunta que você tem que fazer antes de ler esse livro. E o que o sol faz? O sol dá energia, torna possível às flores transformar o carbono em oxigênio, a luz e a água em comida. Mas é a flor que faz isso. O sol ajuda, dá material e apoio, mas é a flor que é responsável por tudo isso, todas essas ações.
Eu diria que esse livro é uma continuação de Outros jeitos de usar a boca. Ao menos, parece. Lá, a protagonista vivia um relacionamento que tornou-se tóxico e aqui ela tem que aprender a superar esse amor, porque saber que algo te faz mal não torna mais fácil estar longe.
O livro divide-se em: murchar, cair, enraizar, crescer e florescer.
Na parte de murchar, me pareceu uma luta entre vida e morte, entre querer continuar no relacionamento e saber que não pode, que não te faz bem.
Na parte de cair, é a aceitação desse mal, desse fim, desse abandono.
A terceira parte é enraizar, o que achei muito poético (livro de poesia, dã), porque é sobre suas raízes, o local de onde venho, para onde foi, onde cresceu.
Depois temos crescer, que é sobre amor, tanto romântico quanto platônico, embora houve muito mais foco no romântico...
E, por último, florescer. Florescer. Maravilhoso. É sobre mostrar ao mundo as flores que você têm, flores que são lindas e únicas. É empoderamento; é empoderamento, não sendo restrito especificamente a nenhum tipo, porque há empoderamento quanto ao gênero, a etnia, a você, exlcusivamente você, que merece ser empoderada(o).
Achei esse livro bem mais disponível à todos os públicos, muito mais representativo, contudo (dessa vez, eu realmente não estava procurando um defeito) não gostei de toda atribuição da superação à um parceiro romântico. Me processem. Me senti enganada, porque é um livro feminista e, não que isso queira dizer que não pode haver romance, mas eu não estava procurando isso. Hum, eu realmente tenho um problema e tenho que trabalhar nessa dificuldade de aceitar ajuda...
Enfim, talvez seja um problema, talvez não. É uma questão mais de gosto pessoal.
E as ilustrações... Ainda estou amando-as. Elas têm uma simplicidade que encanta, complementando a poesia de forma espetacular.
Eu digo: dê uma chance e leia. Você não irá se arrepender.
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