Livro #221: O canto mais escuro da floresta

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Hazel e seu irmão, Ben, moram em uma cidade onde humanos e fadas convivem. A magia aparentemente inofensiva desses seres atrai turistas de todas as partes, que querem ver de perto as maravilhas do lugar e, principalmente, o garoto de chifres e orelhas pontudas que descansa em um caixão de vidro. Hazel e Ben eram fascinados pelo garoto quando crianças. Mas, à medida que crescem, as histórias e teorias que inventavam perdem o encanto. Eles sabem que o garoto de chifres nunca acordará... Até que um dia ele acorda. Agora, os irmãos precisam se tornar os heróis que fingiam ser em suas brincadeiras e desvendar os mistérios que envolvem aquele príncipe com chifres.
Holly Black | O canto mais escuro da floresta | Galera Record | 2017 | 294 p.


Essa foi a resenha mais difícil do mês, sinceramente. Eu não sei o que escrever até agora, porque houve tantas coisas que eu gostei, que não sei como descrever.

Em O canto mais escuro da floresta, somos apresentados a Hazel e Ben, dois irmãos que por algum motivo me fez pensar em João e Maria. Talvez eu vi algum spoiler e não me lembrasse. Ou talvez porque no original Maria é Hazel. De qualquer forma, há uma certa relação com João e Maria.

Quando eram mais jovens, eles encontraram uma bruxa e depois disso viraram caçadores de qualquer ser mágico perigoso. E isso é apenas uma parte da trama; um ponto essencial, mas não central.

O ponto central é que há um príncipe dormindo há muitos anos no centro da floresta, num caixão de vidro, meio que a Branca de Neves. Um dia, de alguma forma, ele acorda e coisas estranhas (mais estranhas do que o normal na cidade) começam a acontecer e Hazel e Ben partem em mais uma aventura, numa caçada a esse príncipe dos sonhos.

"Era uma vez uma menina que jurou que salvaria a todos, mas que com isso esqueceu-se de si mesma.Era uma vez uma menina..."


Primeiro: adoro a escrita e as histórias de Holly Black e tenho todos os livros dela marcado no skoob para ler ou já lidos. E que livros! Com esse, não foi diferente.

Em O canto mais escuro da floresta, Holly Black trouxe que fadas e magia são algo perigosos. Essa abordagem sobre o tema já é algo tão comum a se encontrar nas histórias como se estivéssemos sendo apresentada ao conceito tradicional da Disney. O que eu achei único foi os personagens e os limites que ela fez entre certo e errado, mentiras e verdades... Eu adorei o desenrolar dos acontecimentos, porque eu não sabia o que iria acontecer.

"Não tinha certeza se o filho tinha recebido uma maldição ou uma bênção. A verdade é que foram as duas coisas. Mas Hazel, flutuando no líquido amniótico, não teve nem uma coisa nem outra. A tragédia dela, se é que possuía mesmo alguma, era ser tão normal e comum quanto qualquer outra criança já nascida."

Demorei um pouco para engatar na leitura (1/3 do livro), mas chegou um momento que me vi presa e submersa num suspense, que meu Deus! Eu não sou de livros/filmes de terror, contudo estou ansiosa para ler algum se tiver um suspenso depois desse gostinho que tive.

Não teve nada de assustador nem nada do tipo no livro, não se preocupe. Mas houve uma cena de luta, ação, aventura... chame do que quiser, estou chamando de suspense, que me prendeu e eu devorei o livro. Eu estava me perguntando antes disso se daria tempo de terminar os 2 livros que falta do #dll20 antes do final do mês e acabei esse num dia... Ufa!

"Ela deveria dizer que não, mas, em vez disso, parecia estar correndo atrás de problema, fazendo todo o possível para que nenhum garoto ficasse sem ser beijado, nenhuma paquera fosse deixada de lado, nenhuma péssima ideia abandonada."

Holly teceu uma trama onde foi soltando migalhas no caminho, bem no estilo João e Maria. Não há palavras melhor para descrever o que ela fez do que isso. Cada capítulo trouxe um pedaço de algo muito maior e mais saboroso.

Cá entre nós e Holly Black, por favor, eu adoraria um segundo livro, poderia ser uma continuação ou um prelúdio, porque tem um ponto na história que não vou contar (#spoiler), que eu adoraria saber mais; é algo que acontece há alguns anos antes do livro e cadê o livro sobre?! Um livro sobre Jack também seria ótimo.

Livro participante do #dll20, na categoria "capa colorida"
Livro participante do #desafiosleituraatnoon2020, na categoria "autora que já ganhou um prêmio".

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