Colin Cosmo e os Supernaturalistas

 
Título: Colin Cosmo e os Supernaturalistas
Autor: Eoin Colfer
Editora: Record
Páginas: 317
Ano: 2005
Sinopse: Em um futuro próximo, o joven Colin Cosmo é mandado para um orfanato, no qual é forçado a trabalhar sem descanso, além de servir de cobaia para um monte de testes. Ele decide fugir e para isso conta com a ajuda dos Supernaturalistas, garotos que, como ele possuem uma certa habilidade especial. O que eles não imaginavam é que iriam descobrir um terrível segredo que poderia destruir o mundo.



Colin Cosmo é um sem patrocínio que, no mundo distópico criado por Eoin Colfer, é o mesmo que órfão. Ele não tem nenhum tutor, ninguém que se responsabilize por ele, vivendo assim no Instituto Clarissa Frayne. Como ninguém se importa com eles, os sem patrocínios são usados nos mais diversos trabalhos, como cobaias nos mais variados testes para produtos. Muitas vezes produzidos pelo governo.

“-Não me diga que o garoto que irrita os bedéis para se divertir tem medo de altura.
-Não — respondeu Ziplock, com a palidez cobrindo o rosto magro. — Eu tenho medo é do chão.”

Após uma confusão, Colin e seu amigo Ziplock conseguem fugir dos bedéis, carcereiros que deixam as vidas dos sem patrocínio ainda pior do que já são. Aproveitando a oportunidade, os dois saem do ônibus e ingressam na Cidade Satélite, mesmo que saibam que a morte no fim seja iminente. Era continuar dentro do ônibus e morrer pelos bedéis ou sair, ser perseguido e morrer. Só que as coisas não terminam como ambos esperavam.

“Pensou durante vários instantes, mas não pôde encontrar nenhuma palavra para descrever como se sentia desolado. Talvez a questão fosse esta. Como qualquer palavra poderia capturar sentimentos assim? Ele sabia como se sentia, isso é que era importante.”

Salvo de uma morte, Colin acaba ingressando num grupo secreto de Supernaturalistas, pois, depois da experiência de quase morte, ele ganha a Visão. Supernaturalistas é um grupo pequeno de apenas três pessoas, em que todos conseguem enxergar além e que lutam contra seres estranhos e parasitas que consomem a vida humana.

“Família, pensou Cosmo, eu faço parte de uma família. Stefan usou a palavra sem dar importância, mas para Cosmo foi uma coisa enorme.”

É claro que li o livro porque é o do mesmo autor de Artemis Fowl, mas mesmo que eu tenha lido apenas O Menino Prodígio dos Crimes, percebi que Colin Cosmo e os Supernaturalistas é bem diferente de Artemis. Artemis tem aquele conceito de fantasia e ciência misturados de forma incrível, um explicado o outro, Colin Cosmo também tem, só que a escrita é diferente. Acho Artemis bem mais engraçado.

“O primeiro pensamento de Colin foi correr. O segundo também.”

Uma coisa que foi tanto negativa quanto boa (não sei qual lado pesa mais) foi que o autor não se importa de explicar nada, você é jogado num mundo novo sem nenhum conhecimento e não há aquele personagem ignorante (igual ao leitor) que vai perguntando e tendo respostas de como as coisas agem, alem do que é basicamente ‘a coisa’. O leitor tem que descobrir e imaginar o que aconteceu apenas por alto, criando teorias, entretanto continua sendo uma boa historia. Não tão aprofundada e com todo o potencial que merecia (daria super bem para escrever uma continuação), mas uma boa história.