Livro #151: Gregor e as Marcas Secretas - As Crônicas do Subterrâneo 4

by - 22:52

Gregor e as Marcas Secretas

Título: Gregor e as Marcas Secretas - As Crônicas do Subterrâneo 4
Autora: Suzanne Collins
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Ano: 2012
Sinopse: Gregor é levado a se envolver cada vez mais em uma crise que se aprofunda. Há gerações, os ratos vêm expulsando os camundongos — ou “mordiscadores” — de qualquer terra que queiram, fazendo com que eles tenham de se mudar constantemente. Mas agora os camundongos estão desaparecendo, e a jovem rainha Luxa, que é grata a eles por terem salvado sua vida, está determinada a saber por quê.


Sua mãe está se recuperando da peste no Subterrâneo, seu pai está melhor, sua família está razoavelmente bem financeiramente, Sra. Comanci sabe de tudo e está ajudando, tudo está indo bem... Até que não mais.
Gregor sabe que há uma profecia (sempre há, se tem um livro tem uma profecia, é o ciclo natural da literatura). E ninguém quer lhe dizer do que se trata. 
Um dia, numa das aulas de ecolocalização em que Ripred é o seu professor (o melhor professor que qualquer um poderia pedir), ele lhe diz que a profecia se trata de matar Bane, o bebê rato que ele salvou, mas... Bane não é mais um ratinho fofo, Bane é Pearlpelt (pérola em inglês, sua mãe lhe deu esse nome por causa da pelagem dele), um rato que não é filhote ou adulto, ainda em crescimento, instável e manipulado por todos que o cercam para ser o Rei deles.
E Ripred quer matá-lo.
E pede ajuda a Gregor.

"-O quê? - perguntou Gregor. - O que devemos fazer?
-Você não estava me ouvindo? - indagou Ripred.
Gregor estava, mas continuava confuso.
-Sei que Bane é um problema... - começou. (...)
-Precisamos matá-lo, Guerreiro - sussurrou Ripred. - E quanto antes melhor."

Tudo que Gregor mais quer é ler a profecia que todos falam, mas se recusam a mostrá-lo, contudo Nerissa o aconselha a não fazer isso, que ainda não é chegada a hora dele lê-la, e ele confia nela depois que sua interpretação da última profecia, a Profecia de Sangue, estava correta. (E ele foi livre da acusação de traição e morte iminente.)
No outro dia, Ripred não aparece a aula de ecolocalização - vulgo dia de assassinar Banes/Pearlpelt. E nem no outro, ou no outro, ou no... E dias transformam-se em semanas e semanas em muito tempo sem notícias de Ripred.
E então, no aniversário de Hazard, um morcego deixa cair aos pés de Luxa a coroa que ela deu aos mordiscadores (camundongos) quando ela prometeu ajudá-los pelo que fosse, quando fosse, antes de sair da selva (livro anterior), e ela sabe que eles estão em perigo e precisa retribuir tudo que eles fizeram por ela.
Enquanto procuram novas pistas sobre o que poderia ter acontecido aos mordiscadores, eles encontram um estranho simbolo marcado repetidas vezes - quem passou os últimos segundos de sua vida desenhando aquilo? E o que significa? É uma das marcas secretas, Hazard diz, uma forma oculta de comunicação há muito tempo esquecida, mas não na floresta; significa morte, mas não que alguém vai morrer, mas que todos que a viram vão.

"-Obrigada por salvar, Hazard - disse Luxa, tremendo.-Ele é meu primo - disse Howard. - Assim como você, certo?
-Ah, não, você está mesmo me dando um abraço? - Ele a abraçou de volta, dando um risinho para Gregor por cima do ombro dela. - E olha que só foi preciso um terremoto, uma inundação e uma avalanche para isso."

Acontece tanta coisa num só livro que quando cheguei ao fim e fui fazer uma recapitulação para escrever a resenha, pareceu... uma outra vida, um outro livro, que eu já tinha lido vários até chegar a esse. Pode parecer que eu fiz o resumo do livro, mas tem tanta coisa para acontecer que isso só é a camada de fora da história.
Eu não sei nem o que dizer, é tipo... só... uau. Impressionante, sério. E os autores, Collins principalmente, devem ter um desejo sádico de matar personagens jovens e inocentes (esses são sempre os primeiros a ir em uma guerra).

"Então é assim que uma guerra começa", pensou Gregor. Não com dois exércitos se enfrentando, esperando o sinal para atacar.(...) Uma guerra começa muito mais discretamente. Em uma sala, em um campo, em um túnel distante quando alguém que tem poder decide que a hora chegou.

O melhor é a forma natural (e fofa) com que Collins está introduzindo o romance, sem ficar forçado ou desviando-se do curso da história, fazendo um grande alarde sobre isso. Eles estão numa guerra, então por que não? O que tem a perder? Ela é uma rainha, ele um habitante da superfície, mas quem sabe quem vai (sobre)viver no final dessa história?

"-Eu declarei essa guerra por causa dos mordiscadores. Você não tem nenhuma história com os mordiscadores. Nós, humanos daqui, temos muitas dividas com eles. O que os mordiscadores já fizeram por você?-Eles salvaram a sua vida - respondeu."

Próximo livro: a guerra. Ou, então, (~música dramática~) Gregor e o Código da Garra. Quem está preparado? O que Suzanne Collins aguarda para nós? Que mortes acontecerão? Do que a tal temida profecia fala? Não sei se estou preparada para descobrir, mas com certeza não vou conseguir não saber.
Citações do livro.
Resenha da continuação (Gregor e o Código da Garra).

You May Also Like

0 comments